MEDIDAS
Feira de Santana é alvo de ação após morte de criança indígena
Ação da Defensoria Pública vai buscar reparação do dano à família da menina
![Criança indígena venezuelana faleceu em hospital aos dois anos](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1250000/1200x720/Feira-de-Santana-e-alvo-de-acao-apos-morte-de-cria0125640800202401241037-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1250000%2FFeira-de-Santana-e-alvo-de-acao-apos-morte-de-cria0125640800202401241037.jpg%3Fxid%3D6091049%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721077918&xid=6091049)
A Defensoria Pública do Estado da Bahia (DP-BA) vai mover uma ação civil pública contra o município de Feira de Santana após a morte de uma criança indígena venezuelana, de dois anos. Ela faleceu nesta terça-feira, 23, no Hospital da Criança. Em nota, a entidade afirma que já havia alertado sobre o estado de saúde dos imigrantes.
A Defensoria confirmou também que deu suporte aos imigrantes refugiados desde 2020. No mês passado, a entidade denunciou que crianças estariam expostas a desidratação, desnutrição e suspeita de pneumonia. Indígenas venezuelanos da etnia Warao residem em uma vila no bairro de Mangabeira.
Para o defensor público Maurício Moitinho, da área de Fazenda Pública, que acompanha o caso, a morte é um trágico exemplo da omissão do Município na prestação das políticas públicas de atenção básica.
“Estamos falando da morte de uma criança que é brasileira, feirense, filha de pais Waraos, nascida aqui no Brasil, e que após 42 dias internada, sai de lá desta forma trágica. Noticiamos a internação dela e de mais duas crianças em dezembro. Poucas semanas antes, um adulto havia falecido com suspeita de pneumonia”, disse Moitinho.
Ainda de acordo com o defensor, a ação civil pública vai buscar reparação do dano à família da menina, do adulto falecido ano passado e à própria comunidade Warao. “Oficiarei à Secretaria Municipal de Saúde, para que juntos com o Movimento Nacional da População em Situação de Rua possamos implementar uma política de assistência à saúde eficaz para esta população emigrante”, reforçou.
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