LUTO
Lula lamenta morte de Mãe Carmen de Oxalá: "Manteve acesa a chama ancestral"
Ialorixá morreu na madrugada desta sexta-feira, 26, em Salvador

Por Gabriela Araújo

O presidente Lula (PT) e a primeira-dama Janja da Silva manifestaram pesar pela morte da Ialorixá Mãe Carmen de Oxalá ou Mãe Carmen do Gantois, como era chamada, uma das lideranças femininas mais importantes do Candomblé do Brasil, na última sexta-feira do ano, 26.
"Eu e Janja ficamos profundamente tristes com a partida da querida Mãe Carmen de Oxaguian, que liderou com muito amor, por mais de vinte anos, um dos mais importantes terreiros de candomblé do Brasil, o Ilé Ìyá Omi Àse Ìyamase, conhecido em prosa e verso como o Terreiro do Gantois", escreveu o petista.
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Mãe Carmen, que liderou o Ilé Ìyá Omi Àse Ìyamase por mais de duas décadas, era filha Mãe Menininha do Gantois. Em mensagem, Lula afirmou que a Ialorixá manteve acesa a perpetuação da ancestralidade de Mãe Menininha.
"Em sua passagem por este nosso mundo, Mãe Carmen cultivou a tradição ancestral que Mãe Menininha e tantas outras matriarcas de grande valor lhe transmitiram na forma de um compromisso sagrado: manter acesa a chama da espiritualidade africana que fez uma nova casa no Brasil e permeou a cultura e o coração dos brasileiros", afirmou Lula.
Por fim, o presidente concluiu a sua fala mencionando a postura diplomática e acolhedora da matriarca do Gantois.
"Que os ensinamentos de paz e de diálogo de Mãe Carmen sigam sempre entre nós. E que seus familiares e toda a comunidade do Gantois recebam em seus corações um carinhoso abraço meu e de Janja", concluiu.
Morte de Mãe Carmen de Oxalá
Mãe Carmen de Oxalá faleceu na sexta-feira, 26 de dezembro de 2025, aos 98 anos, em Salvador, no Hospital Português, na Barra, em Salvador, onde estava internada há duas semanas em decorrência de complicações de uma forte gripe. Ela faria 99 anos na próxima segunda-feira, 29.
Sua morte encerra um ciclo histórico no Terreiro do Gantois, mas seu legado segue vivo na fé, na resistência e na memória de todos que reconhecem sua importância espiritual, cultural e histórica para o Candomblé em Salvador, na Bahia, no Brasil e, quiçá, no mundo.
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