BAHIA
Mulheres na liderança: Indústria é impulsionada pela equidade de gênero
Medida foi impulsionada pelo programa Elas Braskem
Por Redação

A presença feminina em cargos de liderança na indústria segue em crescimento, impulsionada por políticas de equidade de gênero. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que, em 2023, as mulheres já ocupavam 39,1% das posições de gestão no setor. Na Braskem, esse avanço atingiu um marco significativo em 2024: 50% dos cargos de gerentes de produção no Polo Industrial de Camaçari são ocupados por mulheres.
Leia Também:
Mulheres em destaque na indústria
A engenheira eletricista Lorena Medeiros Santana é um exemplo dessa mudança. Gerente de Produção da IESE (Industrial, Energia e Serviços Essenciais) na Braskem, Lorena iniciou sua trajetória na companhia em 2006 como engenheira júnior e, ao longo dos anos, conquistou posições de liderança, atualmente gerenciando uma equipe de 120 profissionais.
"A indústria ainda é um ambiente predominantemente masculino, mas há uma crescente valorização da diversidade e equidade. Hoje, as mulheres estão mais encorajadas a seguir carreiras técnicas, e as empresas têm um papel fundamental nesse incentivo", afirma Lorena. Ela também destaca a necessidade de equilíbrio entre carreira e vida pessoal, conciliando a rotina de trabalho com a criação de seus filhos, Fábio, de 5 anos, e Malu, de 2 anos.
Estratégias para promover a equidade de gênero
Ana Luiza Salustino, responsável pelo setor de Pessoas e Organização da Braskem no Nordeste, explica que desde 2017 a empresa desenvolve iniciativas para ampliar a participação feminina em diversas áreas. "Em 2023, reforçamos esse compromisso público com base nos Princípios de Empoderamento da Mulher da ONU Mulheres e do Pacto Global", ressalta.
Dentre as ações implementadas estão o programa Elas Braskem, que prepara mulheres para desafios de liderança, e a reserva de 50% das vagas do Programa de Estágio Técnico e Universitário para candidatas do sexo feminino. Além disso, a empresa promove a mentoria reversa, permitindo que a alta liderança receba insights de profissionais de grupos sub-representados.
A Braskem também desenvolveu programas como Redes de Afinidade de Gênero, que oferecem suporte e promovem um ambiente de trabalho mais inclusivo, e o Programa Respeito é Inegociável, que combate discriminação, assédio moral e sexual e microagressões dentro da companhia.
Impacto das iniciativas
Os esforços da Braskem resultaram no aumento da presença feminina na indústria. Atualmente, mais de 50% das funções administrativas na Bahia são ocupadas por mulheres. Na área industrial, a presença feminina cresceu para 13,4%, e na carreira de Operadora a empresa superou a meta, alcançando 12,7% de mulheres em posições operacionais na Bahia. Além disso, a taxa de retorno de mulheres após a licença-maternidade subiu de 65% em 2014 para 95% em 2024.
"Fechamos o ano com um marco significativo: 27,3% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. Isso demonstra que estamos no caminho certo para uma indústria mais inclusiva e diversa", conclui Ana Luiza Salustino.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes