Ônibus voltam a circular após paralisação de 24 horas na RMS
Rodoviários decidiram entrar em greve a partir da próxima quarta-feira, 23
Após uma paralisação de 24 horas, em que ficaram toda a quinta-feira, 17, sem rodar, os rodoviários das empresas de ônibus que circulam na Região Metropolitana de Salvador retomaram as atividades na manhã desta sexta-feira, 25. O movimento causou transtornos para mais de 300 mil pessoas que usam o sistema todos os dias.
A paralisação da categoria aconteceu como um protesto para que rodoviários da BTM, que não circulam desde a última segunda-feira, 14, por falta de combustível nos ônibus sejam transferidos para as empresas que atenderão a área. Os profissionais das empresas Nova Aviação, Atlântico Transporte, Asa Bela, Avanço, Costa Verde e a Expresso Luxo Vitória aderiram ao movimento.
Desde a última quarta-feira, 16, rodoviários de outras empresas estão compensando o tranporte em linhas atendidas pela BTM, nas cidades de Lauro de Freitas e Camaçari. Os rodoviários que decidiram pela paralisação são responsáveis pelo transporte nas cidadades de Candeias, Madre de Deus, Simões Filho, Mata de São João e Pojuca.
Uma assembleia realizada na quinta definiu que a partir da próxima quarta-feira, 23, os rodoviários do sistema de transporte metropolitano deverão entrar em greve.
Ao Portal A TARDE, o presidente do Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos (Sindimetro), Walter Ferreira, confirmou a informação e disse que o movimento ocorre em apoio aos trabalhadores da Bahia Transportes Metropolitanos (BTM), cujos veículos seguem sem circular devido à falta de combustível.
"Se o governo não chamar para a mesa [de negociação], vamos soltar um edital de paralisação por tempo indeterminado. Pela assembleia dos trabalhadores, a greve acontecerá", disse.
A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), que é responsável pelo transporte metropolitano, já lançou o edital para substituição definitiva da BTM. Os funcionários da empresa também têm sofrido com atrasos no pagamento dos salários e de direitos trabalhistas.