VOO LIVRE
PF apreende mais de 400 aves em combate ao tráfico
Agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão em Salvador, Camaçari e Mata de São João e em Irecê
![A polícia identificou um esquema entre comerciantes envolvendo espécies nativas](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1260000/1200x720/PF-apreende-mais-de-400-aves-em-combate-ao-trafico0126143700202403052249-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1260000%2FPF-apreende-mais-de-400-aves-em-combate-ao-trafico0126143700202403052249.jpg%3Fxid%3D6136673%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720854088&xid=6136673)
Mais de 400 aves foram apreendidas ontem pela Polícia Federal, durante a operação Voo Livre, na qual realizou uma série de ações voltadas ao combate do tráfico ilegal de animais na Bahia. Ao todo, a PF cumpriu nove mandados de busca e apreensão em Salvador, Camaçari e Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador, e Irecê, no centro-norte baiano.
De acordo com a Polícia Federal, o ponto de partida das investigações foi a apreensão de uma Arara-azul-grande, comercializada com anilha adulterada, juntamente com outras espécies da fauna silvestre nacional. No decorrer da apuração, os agentes identificaram um esquema entre comerciantes de aves ilegais, envolvendo espécies nativas e exóticas de difícil reprodução em cativeiro, como Araras e Tucanos –, o que indica que muitos tenham sido retirados ainda filhotes da natureza, para anilhamento, criação e revenda.
A Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) auxiliou os agentes federais na operação. O tráfico de animais silvestres é reconhecido por seus impactos negativos à biodiversidade, afetando a conservação das espécies e o equilíbrio ecológico, com riscos significativos de extinção para certas espécies.
Os animais apreendidos foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para reabilitação e, quando possível, reintrodução ao ambiente natural, informou a PF. A legislação brasileira apenas permite a criação de animais silvestres provenientes de criadores comerciais devidamente registrados no Ibama, mediante Cadastro Técnico Federal e autorização no Sistema Nacional de Gestão de Fauna.
Os indivíduos investigados por participação na comercialização ilegal enfrentarão acusações por tráfico e maus-tratos de animais, associação criminosa, receptação e falsificação de selo ou sinal público. As penas previstas podem alcançar até 15 anos de prisão. A Polícia Federal afirmou que a ação realizada ontem nos três municípios terminou sem prisões.
*Sob a supervisão da jornalista Hilcélia Falcão
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