DIREITOS TRABALHISTAS
Análogo à escravidão: 11 trabalhadores foram resgatados na Bahia
Megaoperação realizada em 23 estados resgatou 337 pessoas em condição de trabalho escravo
Por Da Redação
Nesta quinta-feira, 28, em coletiva à imprensa na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, representantes da Operação Resgate 2, que atua desde o início do mês. Uma megaoperação com 105 ações de fiscalização, envolvendo 50 equipes em pelo menos 65 municípios de 23 unidades da federação, resgatou 337 pessoas de condições análogas às de escravo em 15 estados. Na Bahia, 11 trabalhadores foram resgatados nessas condições.
Atuam nessa operação, 100 auditores fiscais da Inspeção do Trabalho, 44 procuradores do Ministério Público do Trabalho, dez procuradores do Ministério Público Federal, 150 agentes da Polícia Federal e 80 da Polícia Rodoviária Federal e 12 defensores da Defensoria Pública da União.
"Houve resgate nas cinco regiões do país, demonstrando que o trabalho escravo ainda é uma realidade presente infelizmente em todo o território nacional", declarou vice-coordenador de erradicação do trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho, Italvar Medina, durante a coletiva.
Goiás foi o estado onde mais pessoas foram resgatadas em trabalho análogo à escravidão, com 91 trabalhadores, seguido por Minas Gerais, 78, Acre, 37 e Rondônia, 27. Considerando o número de ações de fiscalização, Minas teve 21, Bahia, 11, Espírito Santo, 9, Goiás, 8, e Mato Grosso do Sul, 7.
Entre as atividades em que esses trabalhadores foram resgatados, 77 vieram do cultivo de café, mais 77 da colheita de palha de milho e 49 pessoas escravizadas foram flagradas na criação de bovinos para corte.
Os empregadores envolvidos terão que pagar R$ 3,82 milhões em verbas rescisórias e direitos devidos aos trabalhadores, que também receberão três parcelas de um salário-mínimo do seguro-desemprego especial para resgatados da escravidão, criado em 2003.
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