Após 6 anos, suspeito de assassinato de criança é preso | A TARDE
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Após 6 anos, suspeito de assassinato de criança é preso

Homem de 40 anos confessou o crime, que aconteceu em dezembro de 2015

Publicado terça-feira, 11 de janeiro de 2022 às 20:31 h | Atualizado em 11/01/2022, 22:47 | Autor: Da Redação

Um homem, identificado como Marcelo da Silva, de 40 anos, foi indiciado nesta terça-feira, 11, pelo assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em dezembro de 2015, em Petrolina, Pernambuco. A acusação ocorreu após o laudo pericial apontar compatibilidade entre a arma do crime. Marcelo confessou o crime.

A polícia não esclareceu a motivação do crime. Marcelo já está preso em Salgueiro, no Sertão pernambucano, por outros crimes, mas a polícia também não informou quais.

Segundo informações do portal G1, peritos coletaram o DNA no cabo da arma deixada no local do assassinato. A análise levou ao perfil do assassino, que constava no Banco Estadual de Perfis Genéticos e o laudo mostrou, ainda, que o perfil genético é compatível com o DNA da menina.

Conforme a publicação, o DNA da faca foi comparado com o material genético de 125 pessoas, consideradas suspeitas. As amostras foram coletadas pelos peritos pernambucanos desde 2015.

Relembre o caso

O crime aconteceu em 10 de dezembro de 2015, quando Beatriz participava da formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Ela, que tinha apenas 7 anos, saiu do lado dos pais para beber água e desapareceu. Câmeras do local registraram as últimas imagens em que ela aparece com vida.

O corpo da criança foi encontrado com marcas de faca em um depósito de material esportivo desativado, ao lado do espaço onde acontecia a formatura. A garota foi ao evento junto com os pais Lúcia Mota e Sandro Romildo, que é professor na instituição, e estava com a mãe quando desapareceu. Lúcia teria comunicado ao marido da ausência da menina e os dois começaram a procurar a filha. Sandro chegou a chamar pela garota utilizando o microfone do palco da festa.

Após alguns minutos, a festa foi interrompida para procurar pela criança. Em seguida, o corpo de Beatriz foi achado no depósito com ferimentos no tórax e nos membros inferiores e superiores. 

A faca utilizada no crime, uma peixeira, estava cravada no abdômen da menina. A polícia pernambucana descartou a possibilidade de violência sexual.

De acordo com o g1, sete perícias foram realizadas desde a data do assassinato. O inquérito acumulou 24 volumes, 442 depoimentos e 900 horas de imagens analisadas.

O crime é frequentemente alvo de protestos da família de Beatriz, tendo mobilizado diversas autoridades ao longo dos anos. Recentemente, em dezembro de 2021, os pais dela passaram 23 dias percorrendo a pé mais de 700 quilômetros, entre Petrolina e o Recife, para pedir justiça. 

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