BRASIL
Após pouso em Salvador, avião da Voepass ficou 3 meses em manutenção
Apuração identificou que a aeronave prefixo PS-VPB vinha enfrentando uma série de paradas para manutenção
Por Da Redação
Logo após um relatório identificar ‘dano estrutural’, no avião que caiu em Vinhedo (SP), a aeronave passou por manutenção para consertar problemas com ar-condicionado, falha no sistema hidráulico e contato anormal com a pista, os quais passou o avião turboélice modelo ATR-72-500 da Voepass.
Um cruzamento de dados obtidos nos sites de órgãos oficiais e com outras fontes pelo Fantástico identificou que a aeronave prefixo PS-VPB vinha enfrentando uma série de paradas para manutenção. No dia 11 de março deste ano, depois de o ATR viajar de Recife para Salvador, um relatório oficial descreveu problemas no sistema hidráulico durante o voo.
A aeronave teve um "contato anormal" com a pista na hora do pouso em Salvador e isso causou, segundo a apuração, um choque da cauda do avião com a pista e um "dano estrutural" na aeronave, segundo foi relatado no sistema de manutenção da empresa.
“O problema hidráulico em qualquer aeronave, seja um ATR, seja um boeing, seja um Airbus, ele é altamente significativo. Teve dano estrutural. Que tipo de correção foi efetuada pelo grupo Voepass na sua manutenção, para disponibilizar a aeronave a voo?”, questiona o comandante Ruy Guardiola, pioneiro no uso de ATR no Brasil.
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Após o registro, a aeronave ficou estacionada na capital baiana por 17 dias, até 28 de março, quando voou para passar por consertos na oficina da Voepass, em Ribeirão Preto (SP).
O avião só voltou a voar comercialmente no dia 9 de julho, mais de três meses depois. A primeira rota foi de Ribeirão Preto para Guarulhos e, segundo o Fantástico apurou, houve uma despressurização em voo no mesmo dia e o ATR retornou, sem passageiros, para Ribeirão Preto, onde ficou parado mais quatro dias para reparos.
No dia 13 de julho, finalmente a aeronave retomou as atividades, até cair na sexta passada. “Pode ser um fator contribuinte? Pode. Porque não é possível uma aeronave que tem um dano estrutural ser liberada para voo. Isso a investigação agora vai verificar. Tem que verificar”, diz Guardiola.
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