SÃO PAULO
Caso Dimas: Jovem teve ruptura rara na região genital, dizem médicos
Lívia Gabriele da Silva Matos morreu após encontro com o jogador do Corinthians
Por Da Redação
A jovem Lívia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, que morreu na última terça-feira, 31, após um encontro com o jogador Dimas Cândido de Oliveira Filho, do Corinthians sub-20, sofreu uma ruptura na escavação retouterina (região genital localizada entre o útero e o reto), considerada rara pelos especialistas entre mulheres jovens.
Segundo Rogério Bonassi, diretor científico da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), ouvido pelo UOL, o caso pode ser causado devido à perfuração por objetos.
“É muito raro acontecer com uma jovem. Pessoas que já têm uma atrofia da vagina, que vão ter uma relação depois de muito tempo, aí pode até acontecer [também], mas é bem difícil. Eu não sei qual é a incidência disso. A gente vê raramente”, explica ele.
Rogério Bonassi apontou ainda que a lesão da jovem teria começado na vagina, já que não há um contato direto, durante a relação, entre o pênis e escavação retouterina: "Onde ele [pênis] vai encostar é no colo do útero. Realmente, quem vai romper ali é a vagina na região do fundo do saco [vaginal]", continua.
“É muito raro o fundo de saco vaginal estourar, agora existem situações de sexo que envolvem introdução de objeto ou até da mão. [...] Numa situação dessas deve-se buscar atendimento imediato”, explica ao UOL Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra que atua no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês nas áreas de Mastologia e de Ginecologia e Oncologia Ginecológica.
"Dependendo da forma como a relação [sexual] se dá, pode acumular ar e dar uma pressão [na região]. Cada vez que o pênis sai a entra, ele empurra ar [para dentro], e os lábios impedem a saída", continua o especialista.
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