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Conheça a história do espião russo que aprendeu forró e se passou por brasileiro

Jornal dos Estados Unidos coloca o Brasil como “fábrica de espiões” da Rússia

Por Redação

23/05/2025 - 13:00 h
O espião Sergey Cherkasov viveu por anos com uma identidade brasileira até ser descoberto
O espião Sergey Cherkasov viveu por anos com uma identidade brasileira até ser descoberto -

Em história que mais se parece um filme de Hollywood, um espião russo se infiltrou no Brasil, aprendeu a falar português fluentes e até mesmo teve aulas de forró para tentar se passar como um típico brasileiro. O caso veio à tona nesta quarta-feira, 21, em reportagem do jornal americano The New York Times, que colocou o Brasil como “fábrica de espiões” do governo de Moscou.

O caso relatado pelo The New York Times foi exibido no Fantástico, da TV Globo, em 2022, quando o jornalista Álvaro Pereira Jr contou a história do espião Sergey Cherkasov. Três anos depois, ao podcast 'O Assunto', o jornalista contou novas descobertas sobre o caso.

Falso brasileiro

Sergey Cherkasov foi descoberto em 2022, quando tentou conquistar uma vaga de estágio no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, apresentando documentos legítimos brasieiros e se apresentando como Victor Muller Ferreira.

Na ocasião, o o serviço de inteligência da Holanda descobriu que Victor Muller era Sergey Cherkasov, um agente de espionagem russo. Ele foi impedido de entrar no país europeu e extraditado de volta ao Brasil. Ele está preso desde então.

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Sergey Cherkasov fazia parte de uma rede que utilizava o Brasil como base para construir identidades falsas e recebia ajuda de um funcionário da diplomacia russa no Brasil, segundo investigação da Polícia Federal.

Com a identidade brasileira, Sergey Cherkasov, cursou ciência política no Trinity College, na Irlanda. Em seguida, fez mestrado nos Estados Unidos, estudando relações internacionais na prestigiosa universidade John Hopkins, perto de Washington.

Para reforçar sua identidade como brasileiro, Sergey Cherkasov fez aulas de forró em São Paulo. Ao Fantástico, o professor de dança Pheliphe Britto apontou o espião russo como aluno dedicado.

“Eu fiquei chocado, né? Um cara superbacana, um cara comunicativo, um cara que saía com a gente para dançar, e depois a gente descobrir que o cara é um espião russo”, contou Pheliphe Britto.

A vida na prisão

Desde dezembro de 2022, Cherkasov cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília, considerada uma das mais seguras do Brasil. Nas primeiras semanas, ele negou ser russo e insistiu ser filho de um português com uma brasileira, e criado por uma tia na Argentina. No entanto, dois meses depois ele assumiu a sua verdadeira identidade após a visita de um diplomata russo.

À TV Globo, fontes ligadas ao sistema penitenciário federal, apontam Sergey Cherkasov como um preso discreto, bem comportado, que opta por ficar isolado dos outros detentos e que usa o tempo na cadeia para ler.

Entre as obras lidas pelo russo estão livros de franquias famosas, como "Star Wars" e "Herry Potter"

O russo recebe visitas de três pessoas: o advogado, um homem que se apresenta como amigo de Cherkasov, e um representante do consulado da Rússia.

O governo russo passou a alegar que ele é um traficante de heroína e abriu um processo para pedir sua extradição. No entanto, especialistas alegam que se trata de uma estratégia russa para repatriar agentes secretos disfarçados.

A extradição de Cherkasov para Rússia já foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, foi condicionada ao fim das investigações da Polícia Federal contra ele, que incluem suspeitas de corrupção e espionagem.

Mais espiões russos no Brasil

Na reportagem dessa semana, o The New York Times afirmou que pelo menos outros oito agentes secretos russos adotaram a mesma estratégia de Sergey Cherkasov de forjar uma vida como brasileiro e atuar no exterior com uma identidade aparentemente legítima.

A escolha do Brasil, segundo investigadores, se deve ao valor do passaporte brasileiro, que é aceito em um número grande de países, muitos deles sem a necessidade de visto. Além disso, o Brasil conta com diferentes fenótipos de pessoas por conta da miscigenação, o que evita desconfianças.

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Tags:

brasil espionagem mundo prisão Rússia

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