BRASIL
CPI: Poze afirma que carro roubado voltou rápido por ser ‘fenomenal'
MC explicou na CPI das Câmeras como a repercussão de seu caso ajudou na devolução

Por Isabela Cardoso

O cantor MC Poze, famoso pelo funk e pelas milhões de visualizações nas redes sociais, compareceu nesta segunda-feira, 20, à oitava reunião da CPI das Câmeras da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Convocado pelos deputados, ele detalhou o roubo e a surpreendente devolução de sua Land Rover Defender blindada, ocorrida em 19 de setembro no Recreio dos Bandeirantes, em meio a grande repercussão pública.
Ao ser questionado sobre a rapidez na recuperação do carro pelo presidente da CPI, deputado Alexandre Knoploch (PL), MC Poze afirmou com confiança. “Mas é uma coisa óbvia meu carro aparecer, e até demorou para aparecer, porque sou Poze do Rodo. Eu me acho uma pessoa foda, fenomenal”, disse.
"Eu sou mundialmente muito reconhecido. Tenho um Instagram com 16 milhões de pessoas e, por dia, mais de quatro milhões de pessoas me assistem nos stories todos os dias. Então, é óbvio, que quem me roubou, após ver toda a repercussão, não ficaria com o carro roubado. O carro é vermelho por dentro e por fora, é todo personalizado, tem meu nome nos bancos. Para mim, é obvio que, depois que eu postasse, ele iria aparecer. E ele não foi recuperado, foi largado. É meio óbvio ter sido devolvido, porque eu sou gigante", continou Poze.
Durante a audiência, o cantor respondeu a perguntas e aproveitou para rebater críticas de Knoploch, que o havia chamado de “marginal” em publicações nas redes sociais. Poze destacou que discorda do termo e enfatizou seu papel como artista e pai de cinco filhos, além de repudiar a atuação de fãs que ameaçaram parlamentares após a convocação.
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O deputado, no entanto, manteve sua posição e justificou o adjetivo com base nas letras das músicas do cantor, que, segundo ele, fariam apologia ao crime. “Vivemos em uma sociedade democrática, mas entendo que suas músicas incentivam condutas ilegais. Admiro sua postura de vir e falar o que quiser”, afirmou Knoploch.
A participação do cantor na comissão durou 28 minutos. Ele iniciou a audiência com a apresentação de um habeas corpus assinado pela desembargadora Kátia Maria Amaral Jangutta, garantindo o direito de permanecer em silêncio se desejasse. Após responder a primeira pergunta, MC Poze exerceu o direito e foi liberado.
O que investiga a CPI das Câmeras
Criada para analisar o funcionamento de empresas de videomonitoramento, recuperadoras e associações de proteção veicular, a CPI busca verificar se esses setores estariam lucrando com o aumento da violência no estado do Rio. A comissão é presidida por Alexandre Knoploch e tem como relator Filippe Poubel (PL). Participam ainda os deputados Rodrigo Amorim (União), Alan Lopes (PL), Sarah Poncio (SDD), Prof. Josemar (PSOL) e Luis Paulo (PSD).
Até o momento, a CPI ouviu representantes de seguradoras e recuperadoras, além de visitar a penitenciária de Gericinó, em Bangu, para conversar com presos envolvidos em roubo e clonagem de veículos. Duas prisões foram decretadas na reunião de 22 de setembro: Sérgio Belo David Fuerte, que se recusou a depor, e Thiago Lima Menezes, acusado de falso testemunho. Ambos responderão aos processos em liberdade.
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