BRASIL
Crime organizado atua em quase mil postos no Brasil, aponta investigação
Facções como o PCC e Comando Vermelho e milícias estariam envolvidas
Por Redação

Autoridades federais e estaduais investigam a atuação do crime organizado em 941 postos de combustíveis distribuídos por pelo menos 22 estados do Brasil. Facções como o PCC, Comando Vermelho, Família do Norte e milícias estariam infiltradas no setor, utilizando os postos para lavagem de dinheiro, fraudes fiscais e adulteração de combustíveis.
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São Paulo e Goiás lideram o ranking de estados com mais postos suspeitos, com 290 e 163, respectivamente. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (146), Bahia (103) e Rio Grande do Norte (88). Em alguns casos, as redes criminosas atuam de forma ramificada por diferentes regiões do país.
O levantamento é resultado de investigações conduzidas por um núcleo estratégico do Ministério da Justiça, que inclui Polícia Federal, Receita Federal, Coaf e Ministério de Minas e Energia. De acordo com o Folha de S. paulo, a PF já havia identificado, em operações anteriores, redes de distribuição controladas por facções, como na “Operação Rei do Crime”, que revelou movimentações de R$ 30 bilhões em quatro anos.
Segundo o Ministério Público, a alta circulação de dinheiro e falhas na fiscalização tornam o setor atraente para ações ilícitas. Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que o crime organizado lucra mais com o setor de combustíveis do que com o tráfico de cocaína, R$ 61,5 bilhões contra R$ 15 bilhões. Estima-se que fraudes e sonegação nesse mercado causem perdas fiscais de até R$ 23 bilhões por ano.
Empresários e entidades como o Instituto Combustível Legal pressionam por mudanças legislativas que dificultem a sonegação e o uso criminoso da cadeia de distribuição de combustíveis.
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