CRIME
Estudante de 14 anos denuncia injúria racial e homofobia de colegas
Os ataques ao adolescente, que está no 8º ano, iniciaram cerca de três meses após ele começar a estudar no Colégio
Por Da Redação
Um estudante de 14 anos foi vítima de injúria racial e homofobia por parte de colegas do Colégio pH, no campus de Botafogo, no Rio de Janeiro. De acordo com a tia do jovem, as agressões começaram em maio do ano passado, através de um grupo de WhatsApp dos alunos. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela família, a vítima relatou que quatro meninas o chamavam de ‘viado’ e faziam risadas e olhares de desprezo quando ouviam termos como ‘preto’ e ‘macaco’.
Os ataques ao adolescente, que está no 8º ano, iniciaram cerca de três meses após ele começar a estudar no Colégio pH. De acordo com Sheila de Paula, tia da vítima, em entrevista ao O Globo, o caso foi registrado na delegacia em 9 de agosto e, desde então, a única atitude da escola teria sido trocá-lo de turma.
A família alega ainda que, por diversas vezes, procurou a coordenadora pedagógica do colégio, mas em nenhum momento uma reunião com os pais das alunas que teriam proferido os ataques foi agendada. A instituição nega as alegações.
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Os ataques ao aluno do 8º ano começaram cerca de três meses após ele iniciar seus estudos no Colégio pH. Segundo a tia do jovem, o incidente foi registrado na delegacia em 9 de agosto. Desde então, a única medida tomada pela escola foi a mudança de turma do estudante.
A família alega que fez diversas tentativas de se reunir com a coordenadora pedagógica para discutir o caso, mas nenhuma reunião com os pais das alunas envolvidas foi agendada. A escola, por sua vez, refuta essas alegações.
Familiares contam também, que o sobrinho sofreu constrangimento com a mudança de turma, uma vez que os novos colegas ficaram sabendo o motivo da transferência. De acordo com a família, o estudante já voltou para casa em lágrimas em diversas ocasiões devido às falas preconceituosas que enfrentou. Neste ano, ele precisou iniciar acompanhamento psicológico.
Em nota o Colégio pH informou que “repudia qualquer atitude discriminatória” e que “se reuniu com os envolvidos e seus familiares a fim de garantir todas as medidas necessárias para que o respeito e a igualdade sempre prevaleçam”.
"Uma outra aluna teria se orgulhado de ser 'a maior homofóbica que existe', após chamar o estudante de 'viado'. Além disso, a vítima teria recebido comentários como 'menino sexualmente suspeito', juntamente com risadas e olhares preconceituosos, especialmente quando termos como 'preto' e 'macaco' eram mencionados."
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