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BRASIL

Ex-deputado é preso por lavar R$ 140 milhões em esquema criminal

Investigação aponta que o grupo utilizava grandes volumes de dinheiro em espécie

Redação

Por Redação

06/09/2025 - 9:22 h | Atualizada em 06/09/2025 - 9:43
O deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Jóias
O deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Jóias -

O ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, foi preso na última quarta-feira, 3, pela Polícia Federal suspeito de integrar um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 140 milhões em cinco anos.

A investigação aponta que o grupo utilizava grandes volumes de dinheiro em espécie, conversões de reais para dólares e empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos recursos. De acordo com cálculos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da Polícia Federal, o ex-deputado e seus comparsas movimentaram valores exorbitantes entre 2021 e 2024.

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O ex-parlamentar passou por audiência de custódia na tarde desta quinta, 4, e teve a prisão mantida. O parlamentar é acusado de ligação criminosa com a facção Comando Vermelho (CV).

De acordo com avaliação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a prisão foi mantida após o juízo da Central de Audiência de Custódia de Benfica (Ceac-Benfica) verificar a regularidade formal da medida. O parlamentar foi preso na quarta-feira, 3.

Imagens com maços de dinheiro

Imagens encontradas durante a investigação mostram TH posando com maços de dinheiro, em alguns casos deitados sobre notas de reais que cobriam móveis, possivelmente em sua residência ou na casa de Gabriel Dias Oliveira, conhecido como Índio.

A polícia estima que, em uma das fotos, TH estivesse com cerca de R$ 5 milhões do traficante Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, também chamado de "mano", atualmente foragido.

TH Joias deitado numa cama com maços de reais
TH Joias deitado numa cama com maços de reais | Foto: Reprodução

Esquema de lavagem de dinheiro

Segundo a Polícia Federal, TH, Dudu e Índio teriam criado um esquema para transformar dinheiro de origem criminosa em ativos aparentemente legais. O RIF (Relatório de Inteligência Financeira) apontou:

  • Movimentação de grandes volumes de dinheiro em espécie;
  • Operações de câmbio no mercado paralelo;
  • Uso de "laranjas" e empresas de fachada;
  • Transferências incompatíveis com a renda declarada dos envolvidos.

O objetivo, segundo a PF, era consolidar e expandir as operações do crime organizado.

Conversão de reais em dólares

A investigação detalha que TH enviou, em apenas dois meses de 2024, US$ 1,7 milhão a Pezão. Em abril, ele converteu R$ 5 milhões em US$ 1 milhão, com parte do dinheiro entregue diretamente a Índio e outra parte enviada a Dudu, em Copacabana, para câmbio. Algumas transações ocorreram em sua residência na Barra da Tijuca, enquanto pequenas quantias eram trocadas com doleiros.

O esquema incluía devoluções graduais dos dólares a Índio:

  • 19/04/2024: US$ 405 mil entregues em escritório de Índio;
  • 21/04/2024: US$ 270 mil repassados;
  • 30/04/2024: US$ 265 mil;
  • Totalizando US$ 1 milhão, com saldo final entregue a TH.

Em maio, R$ 4 milhões foram convertidos em US$ 750 mil, e a PF acredita que TH obtinha lucro ao apresentar taxas de câmbio mais altas que as de mercado.

Tentativa de driblar o sistema financeiro

Para a Polícia Federal, o uso intenso de dinheiro em espécie evidencia a intenção de evitar controles bancários e disfarçar recursos de origem ilícita:

"A materialização dos crimes de lavagem de capitais perpetrados pela organização criminosa investigada fica ainda mais evidente ao se analisar a vultosa e constante movimentação de valores em espécie, prática intrinsecamente ligada à ocultação e dissimulação de recursos de origem ilícita."

Defesa de TH Joias

Em nota, a defesa de TH Joias classificou as acusações como absurdas. Veja a nota na íntegra:

"A defesa do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva considera absurdas as acusações que vêm sendo reiteradas contra ele. Trata-se de uma repetição de fatos já explorados anteriormente, em claro movimento de perseguição política a um representante legítimo do povo do Rio de Janeiro. Até o presente momento, a defesa não teve acesso integral aos autos, o que evidencia a violação do direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa. Reafirmamos nosso compromisso em esclarecer todos os pontos e demonstrar a total inocência do deputado".

As defesas de Dudu e Índio não foram localizadas para comentar o caso.

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Tags:

lavagem de dinheiro polícia federal TH Joias

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