DESCOBERTA
Falsa filha de militar é condenada após enganar exército por 3 décadas
Ana Lucia fingiu ser filha de um ex-membro da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e ganhou pessoal total de mais de R$ 3 milhões
Por Da Redação
Uma mulher foi condenada a 55 anos pela Justiça Militar por receber indevidamente uma pensão de filha de ex-combatente da Segunda Guerra Mundial durante mais de três décadas.
Ana Lucia Umbelina Galache de Souza fingiu ser filha de Vicente Zarate, um ex-membro da Força Expedicionária Brasileira (FEB), para enganar o Exército Brasileiro e garantir o benefício, somando R$ 3,7 milhões.
Como mulher conseguiu enganar o Exército por 33 anos?
Em 1986, aos 15 anos, Ana Lucia alterou seu nome para Ana Lucia Zarate e apresentou documentos falsos para a Força, com a ajuda da avó, Conceição Galache. Após a morte do ex-combatente, em 1988, Ana passou a receber uma pensão mensal que, ao longo dos anos, variou até alcançar cerca de R$ 8 mil. A informação foi revelada pelo site Metrópoles e confirmada pelo GLOBO.
Leia também:
>> Youtuber americano é assaltado e agredido durante passeio no Brasil
>> Subtenente da PM morre após ser baleado na frente dos filhos
>> Popó presenteia trabalhador com Kombi nova após apreensão em blitz
O golpe permaneceu oculto até 2021, quando a avó de Ana Lucia, insatisfeita com o acordo financeiro estabelecido, denunciou a neta à Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, onde moram.
Em depoimento, segundo a CNN, a idosa revelou que Ana Lucia, na verdade, era sobrinha-neta do ex-combatente e, portanto, não tinha direito ao benefício, reservado apenas a cônjuges ou descendentes diretos de militares falecidos.
Em 2023, a Justiça Militar condenou Ana Lucia a três anos de prisão e determinou a devolução dos valores recebidos ilegalmente.
O que diz a mulher?
Ana Lucia, que é defendida pela Defensoria Pública da União (DPU), recorreu da condenação e alega que não houve dolo, ou seja, intenção de cometer o crime. Segundo a CNN, o caso aguarda julgamento no Superior Tribunal Militar (STM), onde dois ministros já votaram pela manutenção da condenação. A decisão final, porém, está pendente após o ministro Artur Vidigal pedir vistas do processo.
O Exército Brasileiro e o Superior Tribunal Militar ainda não se posicionaram sobre o caso.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes