BRASIL
Filhos de embaixadores são enquadrados por PM e família aponta racismo
Caso aconteceu no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro
Por Da Redação
Três filhos de diplomatas negros de 13 e 14 anos foram abordados e tiveram armas apontadas contra eles por policiais militares no Rio de Janeiro durante abordagem. A mãe de um dos adolescentes apontou racismo na ação, que envolveu adolescentes do Gabão, Burkina Faso, Canadá e outro menor de idade branco. O caso aconteceu na última quarta-feira, 3.
"As imagens, os testemunhos e o relato das crianças são claros! Não há dúvida! A abordagem foi racial e criminosa. Há anos frequentamos o Rio e nunca presenciei nada parecido no quadradinho de Ipanema com meus filhos. É um lugar aparentemente seguro. Depende pra quem", disse Raiana Rondhon.
A Polícia Civil carioca passou a investigar possível injúria racial ou racismo na ação. Já a PM analisará as câmeras corporais dos militares envolvidos para constatar se houve algum excesso por parte dos agentes.
"Em todos os cursos de formação, a Secretaria de Estado de Polícia Militar insere nas grades curriculares como prioridade absoluta disciplinas como Direitos Humanos, Ética, Direito Constitucional e Leis Especiais para as praças e oficiais que integram o efetivo da Corporação", disse a corporação.
Itamaraty se manifesta
O Ministério das Relações Exteriores informou que recebeu, na manhã desta sexta-feira, 5, os embaixadores do Gabão e de Burkina Faso em Brasília.
"Na reunião, foi entregue nota verbal com um pedido formal de desculpas pelo lado brasileiro, e o anúncio de que o Ministério de Relações Exteriores acionará o governo do estado do Rio de Janeiro, solicitando apuração rigorosa e responsabilização adequada dos policiais envolvidos na abordagem. Nota de teor idêntico será entregue em mãos, ainda hoje, ao Embaixador do Canadá", frisou o Itamaraty.
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