POLÍTICA
"Fracasso coletivo": diz Lula sobre ações acordadas pela ONU
Na Cúpula do Futuro, presidente do Brasil alerta para baixa implementação de metas acordadas pela ONU no combate ao aquecimento global
Por Da Redação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que “as ações atuais de combate ao aquecimento global são insuficientes para manter o planeta seguro”. A fala aconteceu durante discurso na Cúpula do Futuro da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, neste domingo, 22.
O presidente comentou ainda sobre o atual ritmo de implementação das metas de desenvolvimento sustentável acordadas pela ONU que caminha para ser um fracasso coletivo. “Apenas 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo", disse Lula sobre a demora na execução das 17 metas para promover a sustentabilidade, erradicar a pobreza e proteger o planeta até o final da década.
Em breve discurso, o presidente foi o primeiro a discursar na 79ª Assembléia da ONU e ressaltou os compromissos dos governos em áreas como clima, inteligência artificial e governança global, em iniciativa lançada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para tratar desses assuntos.
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Em sua proposta, Lula argumentou a favor da reestruturação dos principais órgãos multilaterais atuais, para que estes reconheçam a importância do Sul Global, termo informal utilizado para designar as nações em desenvolvimento. A partir da reformulação do sistema ONU e das instituições financeiras internacionais, para atender as demandas dos países em desenvolvimento.
"As instituições de Bretton Woods desconsideram as prioridades e as necessidades do mundo em desenvolvimento. O Sul Global não está representado de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico", apontou o presidente.
Um dos principais objetivos da Cúpula do Futuro é fortalecer o multilateralismo em um momento de questionamentos sobre a relevância da ONU, devido a crises geopolíticas como as guerras na Europa Oriental e no Oriente Médio. Contudo, a efetividade do Pacto para o Futuro é cercada de desconfiança, já que as potências permanentes do Conselho de Segurança estão representadas por ministros, e não por governantes.
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