SISTEMA PETROBRÁS
Greve dos petroleiros: movimento ganha força com adesão de novas unidades
Pautas centrais da categoria incluem o fim definitivo dos equacionamentos da Petros, a reconquista de direitos retirados, dentre outros

Por Jair Mendonça Jr

A greve nacional dos trabalhadores do Sistema Petrobrás chegou ao segundo dia nesta terça-feira, 16, ampliando o número de unidades paralisadas. O movimento de paralisação, iniciado à 0h de segunda, 15, não registrou recuos em nenhuma unidade.
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Até o momento, a paralisação envolve 24 plataformas, 8 refinarias, 9 unidades da Transpetro, 3 termelétricas, 2 usinas de biodiesel, 5 campos terrestres e 3 bases administrativas, além da Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB) e da Estação de Compressão de Paulínia (TBG).
Novas adesões
O movimento ganhou adesões em novos estados, como no Ceará, com paralisações na Lubnor, Termoceará e Terminal de Mucuripe, e no Rio Grande do Sul, com corte de rendição na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap).
Houve também ampliação em unidades que já estavam em greve: Na Bacia de Campos (Norte Fluminense), o número de plataformas offshore paralisadas saltou de 15 para 22 unidades, com trabalhadores solicitando desembarque, o que aprofundou o impacto operacional.
No Amazonas, a adesão no Terminal Aquaviário de Coari foi ampliada, envolvendo agora trabalhadores da operação, manutenção e do Serviço de Saúde (SMS).
Novas adesões ocorreram ainda no Rio Grande do Norte (Usina Termelétrica do Vale do Açu e médicos do SMS), na Bahia (Usina de Biodiesel de Candeias - PBio), no Espírito Santo (médicos e dentistas) e em Santa Catarina (terminais em Itajaí e Guaramirim).
Reivindicações
O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, afirmou que o avanço da greve é reflexo da “insatisfação generalizada da categoria” diante da postura da Petrobrás nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), por não apresentar respostas concretas às reivindicações históricas.
As pautas centrais da categoria incluem o fim definitivo dos equacionamentos da Petros, a reconquista de direitos retirados e uma Petrobrás comprometida com a soberania nacional e com seus trabalhadores. Bacelar ressaltou que a paralisação continuará até que a empresa apresente uma proposta que contemple esses eixos.

Nesta terça, petroleiros realizaram um ato unificado em frente à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), denunciando a repressão sofrida na unidade e reafirmando a disposição de manter a greve. O movimento conta com apoio público de parlamentares, lideranças políticas e centrais sindicais.
Sérgio Borges, coordenador-geral do Sindipetro-NF e diretor da FUP, indicou que as bases estão preparadas para uma greve longa, podendo se estender para além do Natal e Ano Novo, se necessário. Segundo ele, a suspensão ou encerramento da greve depende “única e exclusivamente da atual gestão da Petrobrás”.
A mobilização segue em expansão, com novas adesões previstas para os próximos dias, reafirmando o caráter nacional e a força do movimento.
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