POLÊMICA
Homem é banido de academia por usar bermuda e expõe: "Extensão da Igreja"
Aluno desabafou sobre caso e afirmou que foi insinuado como 'vulgar'; estabelecimento reagiu
Por Luiz Almeida

Um aluno de uma academia em Anápolis, Goiás, afirma ter sido proibido de treinar no local por usar uma bermuda considerada “inadequada” pelos responsáveis.
O caso, ocorrido na última segunda-feira, 30, viralizou nas redes sociais após o administrador Marcus Andrade, de 42 anos, relatar o constrangimento que sofreu e dizer que o espaço “pensa que é uma extensão da igreja”.
Segundo o relato de Marcus à GQ Brasil, ele frequentava a Hope Select, uma academia boutique com mensalidades em torno de R$ 1.500, há dois anos.
Naquele dia, após concluir o treino e enquanto esperava o marido buscá-lo, foi chamado para uma conversa reservada por um funcionário.
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“Ele disse que outro aluno reclamou do tamanho da minha bermuda e repetiu várias vezes que aquilo ali era uma ‘academia de família’ e que eu estava ferindo a moral e os bons costumes. Me senti indecente, pelado”, contou Marcus, que afirmou nunca ter sido avisado sobre um suposto código de vestimenta no momento da assinatura do contrato.
Após o episódio, ele e a mãe, que também era aluna do local, decidiram cancelar o contrato. Ambos receberam reembolso integral, sem multa. Marcus desabafou em suas redes sociais, classificando o local como "um ambiente hostil, que não respeita a individualidade das pessoas e pensa que o estabelecimento é extensão da igreja".
O que diz a academia
Em nota oficial, a Hope Select defendeu que apenas orientou o cliente “de forma privada e respeitosa” sobre o uso de vestimenta apropriada para “determinados movimentos de musculação”.
O texto diz ainda que foi “gentilmente sugerido” o uso de uma bermuda de compressão por baixo, para garantir conforto e segurança para todos.
A academia afirmou seguir diretrizes contratuais que pedem roupas que “assegurem liberdade de movimento sem causar desconforto a terceiros”. Apesar da repercussão negativa, ressaltou que não faz distinção por “gênero, aparência, orientação ou estilo pessoal”.
A instituição também destacou que seu compromisso é “oferecer um ambiente acolhedor, respeitoso e seguro”, e que busca “encantar e surpreender cada pessoa que passa por aqui com excelência, zelo e propósito, sempre para agradar e honrar a Deus”.
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