BRIGOU COM FUNAI
Indigenista diz que teria mesmo destino de Bruno se não se exilasse
Ricardo Rao expulsou presidente da Funai em evento em Madrid e sofreu infarto uma semana depois
Por Da Redação
Ex-funcionário da Funai, fundação na qual conheceu Bruno Pereira, o indigenista Ricardo Rao disse em entrevista que teria o mesmo destino do colega morto na Amazônia em junho, caso continuasse no Brasil.
“Eu entreguei um dossiê mostrando como os milicianos já haviam infiltrado tudo lá no Maranhão”, disse Rao, que atualmente está exilado em Roma, ao jornal Folha de S. Paulo.
Uma semana após a repercussão do seu vídeo, em que chama o presidente da Funai, Marcelo Xavier, de “miliciano, bandido e assassino”, em evento que aconteceu em Madrid no dia 21 do mês passado, Rao teve um infarto.
O indigenista acredita que o problema cardíaco teve a ver com a discussão no evento, em que Xavier se retirou após as declarações de Rao.
Ricardo Rao alega que sua esposa e filho de quatro anos também têm sofrido ameaças nas redes sociais e que por isso quer que os dois saiam do Brasil o quanto antes.
Em Roma desde março, onde mora em um prédio ocupado por uma organização sem-teto, Rao está exilado desde 2019. Seu primeiro destino foi a Noruega.
O indigenista trabalhou na Funai de 2010 a 2019, quando chegou a ter uma arma apontada para sua cabeça após entregar na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados o documento intitulado “Atuação miliciana conectada ao crime organizado madeireiro, ao narcotráfico e a homicídios cometidos contra os povos indígenas do Maranhão — Um breve dossiê”.
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