TRAGÉDIA
Médicos estão entre as vítimas de acidente fatal em SP
Grupo de médicos estavam indo para um congresso de oncologia
Por Bernardo Rego
O acidente envolvendo um avião da VoePass, que vitimou 62 pessoas, na cidade de Vinhedo, nesta sexta-feira, 9, no interior de São Paulo, tinha um grupo de médicos, segundo informações do Conselho Federal de Medicina (CFM).
(horas após acidente, empresa havia confirmado 61 mortes, mas atualizou para 62 no dia seguinte)
O CFM confirmou as mortes e declarou pesar através de nota. "De forma especial, o CFM se dirige aos parentes e amigos dos médicos que se encontravam a bordo e estavam a caminho de um congresso de oncologia na cidade de São Paulo (SP), em busca de conhecimento e atualização, prática comum e necessária entre os membros da categoria". O grupo ia participar de um congresso de oncologia.
As oncologistas Arianne Albuquerque Estevan Risso e Mariana Comiran Belim estavam entre vítimas. O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CRM) do Paraná, Eduardo Baptistella, disse há cerca de 15 médicos entre as vítimas.
Veja:
15 médicos na queda do avião que ia de Cascavel para São Paulo.
— SOUL (@Soul221122) August 9, 2024
09/08/2024 pic.twitter.com/ostQLOgf9o
Desastre aéreo em SP
Um avião modelo ATR-72, da Companhia Aérea VoePass, antiga Passaredo, caiu no início da tarde desta sexta-feira, 9, com 61 pessoas a bordo. O acidente aconteceu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Não houve sobreviventes.
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O avião caiu na área de uma condomínio residencial, no entanto não atingiu nenhuma residência.
Estavam na aeronave 4 tripulantes e 58 passageiros no momento do acidente.
O avião, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z2283 e decolou às 11h58 de Cascavel, segundo o aplicativo FlightRadar24. A chegada em Guarulhos estava prevista para 13h50.
O aplicativo mostra que, ao passar por Vinhedo, quando iniciava o procedimento de pouso, o avião teve uma queda brusca e caiu em parafuso.
Uma falha no sistema anti-congelamento do avião é uma das principais hipóteses para o acidente. Esse problema teria causado o acúmulo de gelo na aeronave, levando-a a girar em uma manobra conhecida como estol, antes de colidir com o solo.
O especialista em aviação Roberto Peterka afirmou, em entrevista ao Site Metrópoles, que se a aeronave estivesse com mais altitude, o gelo poderia ter derretido, permitindo que o avião retomasse as condições normais de voo.
“Ele veio numa perda de controle em voo. A hipótese provável é justamente a formação de gelo. O gelo acaba se formando nas asas e altera o perfil aerodinâmico, e aí a aeronave perde a sustentação e vem para o chão. Provavelmente, se ele tivesse mais altura, o gelo poderia descongelar, e ele adquirir as condições de voo normal.”
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