BRASIL
Número de filhos por mulher chega menor patamar da história, diz IBGE
Pesquisa aponta também que as mulheres brasileiras estão tendo filhos cada vez mais tarde
Por Redação

O Brasil atingiu a menor taxa de fecundidade já registrada: 1,6 filho por mulher. O Censo Demográfico de 2022, divulgado nesta sexta-feira, 27, pelo IBGE, indicou que o número está abaixo do nível de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher, necessário para manter o tamanho da população estável ao longo do tempo.
De acordo com o IBGE, a taxa de reposição populacional representa a média de filhos que cada mulher precisa ter para que uma geração consiga substituir a anterior, mantendo a população estável. O valor considerado ideal por entidades internacionais é de 2,1 filhos por mulher, número que equilibra nascimentos, óbitos e casos de mulheres que não têm filhos.
A taxa brasileira é mais baixa que de países como a:
- Nigéria (4,6)
- França (1,8)
- Estados Unidos (1,7),
mas está acima da de países como:
- Argentina (1,5)
- Chile (1,3)
- Itália (1,2)
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Fecundidade no Brasil menor patamar da história
A taxa de fecundidade, que indica o número médio de filhos por mulher em idade fértil, alcançou o menor patamar já registrado no país: 1,6 filho.
- 1960 - o índice era de 6,3;
- 1980 - caiu para 4,4
- 2000 - recuou para 2,4
- 2022 - 1,6 filhos
Mais mulheres têm filhos após os 30 anos
A pesquisa aponta que as mulheres brasileiras estão tendo filhos cada vez mais tarde.
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A idade média das brasileiras ao ter filhos chegou a 28,1 anos em 2022, um aumento em relação aos 26,3 anos registrados em 2000 e aos 26,8 anos em 2010.
Panorama
- 2010, o grupo etário com maior taxa de fecundidade era o de 20 a 24 anos, responsável por 26,5% do total de nascimentos.
- 2022, esse pico passou para o grupo de 25 a 29 anos, que concentrou 24,4% das taxas de fecundidade.
- Houve aumento da taxa de fecundidade entre todas as faixas etárias acima de 30 anos, e diminuição entre aquelas com menos de 24 anos.
Mais mulheres sem filhos
A quantidade de mulheres que encerram a fase reprodutiva sem filhos vem crescendo nas últimas décadas, de acordo com dados do IBGE.
Em 2000, cerca de 10% das mulheres de 50 a 59 anos não tinham filhos nascidos vivos. Esse percentual subiu para 12% em 2010 e chegou a 16% em 2022.
Segundo o levantamento, essa tendência está relacionada principalmente ao adiamento da maternidade e à diminuição do desejo de ter filhos.
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