BRASIL
Padrasto e mãe são presos após morte de bebê de 11 meses
Caso aconteceu no Rio de Janeiro
Por Redação
Na noite de quarta-feira, 29, a Polícia Civil prendeu em flagrante um casal acusado de ser responsável pela morte de um bebê de 11 meses, no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. Sidney da Silva Ferreira, de 21 anos, e Rayane Rocha dos Santos, também de 21, foram detidos após levarem o bebê, Arthur Victor dos Santos, desacordado e com sinais evidentes de maus-tratos até a UPA da Vila do João.
Ao chegar à unidade de saúde, a criança apresentava hematomas espalhados pelo corpo, queimaduras e uma grave lesão na cabeça. Médicos da unidade tentaram reanimar o bebê, mas ele não resistiu aos ferimentos e foi declarado morto no local. As informações são do jornal Extra.
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Em depoimento à polícia, Rayane, que está grávida, revelou que tinha conhecimento das agressões cometidas pelo companheiro, mas nunca denunciou o caso por medo. O Instituto Médico Legal (IML) apontou a causa da morte como traumatismo craniano causado por um golpe contundente, com hemorragia e edema cerebral.
Inicialmente, o padrasto apresentou uma versão para os policiais, alegando que o bebê havia caído de uma cama de 50 cm. No entanto, a explicação foi refutada pelos investigadores, pois os ferimentos não condiziam com a altura da queda mencionada.
Ao ser questionado, Sidney mudou a versão, dizendo que o bebê havia caído de seus braços enquanto ele descia uma escada, alegando até ter quebrado o celular durante a queda. Contudo, a polícia notou contradições, como a ausência de qualquer tipo de lesão no suspeito ou dano ao celular, o que fez com que a versão fosse descartada.
Durante o depoimento, Rayane também revelou que suspeitava das agressões, afirmando que o companheiro havia chutado sua filha de dois anos em outra ocasião. Ela confessou ainda ter temido por sua segurança e das crianças, chegando a pensar em instalar câmeras na casa, mas nunca tomou providências efetivas.
A delegada Fernanda Caterine, responsável pelo caso, enfatizou a omissão da mãe. "Se ela tivesse agido corretamente, a criança estaria viva. Por não ter denunciado e por permitir as agressões, ela também será responsabilizada", declarou. Ambos os acusados, Sidney e Rayane, responderão por homicídio qualificado e crime hediondo.
A direção da UPA Maré, em nota, informou que Arthur deu entrada na unidade na última terça-feira, em parada cardiorrespiratória, com sinais de traumatismo craniano. A equipe médica, apesar dos esforços, não conseguiu reverter o quadro do bebê. O caso foi registrado na 21ª DP (Bonsucesso), onde as investigações seguem em andamento.
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