VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
Polícia diz que ataque a escola em Cambé teve mentor intelectual
Conforme a investigação, um jovem preso foi mentor do ataque, inspirado no massacre de Columbine
Por Da Redação
Um jovem de 18 anos foi preso na cidade de Gravatá, em Pernambuco, no último dia 21 de junho, suspeito de ser o mentor intelectual do ataque à escola de Cambé, no norte do Paraná, em que dois adolescentes foram assassinados. O desdobramento do caso foi divulgado pela Polícia Civil do Paraná.
A investigação apontou que o jovem tinha um grupo que estimulava atos de violência e pagava bônus para quem cometesse atos de crueldades. Além disso, ele o atirador, um jovem de 21 anos, se conheceram em 2021.
O ataque na escola paranaense foi inspirado no massacre de Columbine, ocorrido em 1999, nos Estados Unidos. A ideia inicial do atirador era fazer o atentado no dia 20 de abril, mesma data da inspiração, mas ele desistiu. O crime aconteceu dois meses depois, em 19 de junho.
Após o atentado, cinco suspeitos foram presos, incluindo o atirador, que dias depois foi encontrado morto na sua cela na cidade de Londrina.
No mesmo dia do ataque, outro homem de 21 anos suspeito de ajudar no plano de ataque à escola, foi preso.
No dia 21, um terceiro jovem, de 18 anos, também foi preso por suspeita de ligação com o caso. O mandado de prisão foi cumprido na cidade de Gravatá, em Pernambuco.
O ataque
No dia 19 de junho, um ex-aluno do Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná, invadiu a unidade escolar e matou Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto, de 16 anos. A jovem morreu na hora, enquanto o adolescente chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu. Eles eram namorados.
De acordo com o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Amarantino Ribeiro, o assassino, um ex-aluno de 21 anos, fez pelo menos 16 disparos dentro do colégio. Ele disse à polícia que não conhecia o casal e escolheu as vítimas aleatoriamente.
Com o atirador, preso minutos depois do ataque, foram apreendidos uma machadinha, carregadores de revólver e a arma usada. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) informou que, além da arma, apreendeu com o assassino um caderno com anotações sobre ataques em escolas.
Além disso, contou ter sido informada pela família do assassino, que ele é esquizofrênico e que faz tratamento para a doença.
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