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Polícia diz que ataque a escola em Cambé teve mentor intelectual

Conforme a investigação, um jovem preso foi mentor do ataque, inspirado no massacre de Columbine

Publicado quarta-feira, 28 de junho de 2023 às 13:09 h | Autor: Da Redação
Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná
Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná -

Um jovem de 18 anos foi preso na cidade de Gravatá, em Pernambuco, no último dia 21 de junho, suspeito de ser o  mentor intelectual do ataque à escola de Cambé, no norte do Paraná, em que dois adolescentes foram assassinados. O desdobramento do caso foi divulgado pela Polícia Civil do Paraná. 

A investigação apontou que o jovem tinha um grupo que estimulava atos de violência e pagava bônus para quem cometesse atos de crueldades. Além disso, ele o atirador, um jovem de 21 anos, se conheceram em 2021.

O ataque na escola paranaense foi inspirado no massacre de Columbine, ocorrido em 1999, nos Estados Unidos. A ideia inicial do atirador era fazer o atentado no dia 20 de abril, mesma data da inspiração, mas ele desistiu. O crime aconteceu dois meses depois, em 19 de junho. 

Após o atentado, cinco suspeitos foram presos, incluindo o atirador, que dias depois foi encontrado morto na sua cela na cidade de Londrina. 

No mesmo dia do ataque, outro homem de 21 anos suspeito de ajudar no plano de ataque à escola, foi preso. 

No dia 21, um terceiro jovem, de 18 anos, também foi preso por suspeita de ligação com o caso. O mandado de prisão foi cumprido na cidade de Gravatá, em Pernambuco.

O ataque

No dia 19 de junho, um ex-aluno do Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná, invadiu a unidade escolar e matou Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto, de 16 anos. A jovem morreu na hora, enquanto o adolescente chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu. Eles eram namorados. 

De acordo com o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Amarantino Ribeiro, o assassino, um ex-aluno de 21 anos, fez pelo menos 16 disparos dentro do colégio. Ele disse à polícia que não conhecia o casal e escolheu as vítimas aleatoriamente. 

Com o atirador, preso minutos depois do ataque, foram apreendidos uma machadinha, carregadores de revólver e a arma usada. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) informou que, além da arma, apreendeu com o assassino um caderno com anotações sobre ataques em escolas.

Além disso, contou ter sido informada pela família do assassino, que ele é esquizofrênico e que faz tratamento para a doença.

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