PERNAMBUCO
Porto de Galinhas: Violência contra turistas faz prefeitura agir
Casal de turistas foi agredido por se recusar a pagar aluguel de cadeira

Por Yuri Abreu

A prefeitura de Ipojuca — onde está localizada a famosa praia de Porto de Galinhas —, em Pernambuco, decidiu interditar a Barraca da Maura, após um casal de turistas do Mato Grosso ter sido espancado por barraqueiros no local, na tarde do último sábado, 27.
O espaço ficará fechado por uma semana. Além disso, os funcionários envolvidos devem ser afastados até a investigação sobre o caso ser concluído — ao menos 14 pessoas envolvidas foram identificadas pela polícia de Pernambuco.
De acordo com a gestão municipal, a interdição temporária faz parte de uma série de providências administrativas "para garantir a apuração dos fatos e a preservação da ordem pública".
Repercussões
Jhonny Andrade e Cleiton Zanatta foram agredidos por se recusarem a pagar aluguel de cadeiras. Dois dias após, a Polícia Civil de Pernambuco realizou uma ação em Porto de Galinhas para intimar os barraqueiros que atuam no local a prestar depoimento.
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De acordo com o secretário de Turismo de Ipojuca, Deomaci Ramos, os barraqueiros vão ter que incluir nos cardápios as informações sobre as medidas adotadas. Ele também explicou que os comerciantes podem cobrar pelo aluguel de cadeiras e de guarda-sóis, mas são proibidos de relacionar o valor ao consumo nas barracas.
"O Código de Defesa do Consumidor já proíbe essa prática, então isso não pode acontecer. Isso é a venda casada. Você senta, você não paga a cadeira, tem que consumir x valor', afirmou ele ao g1.
Relembre o caso
Imagens gravadas por testemunhas registraram o tumulto. Depois, também ao g1, Johnny revelou que foi agredido após de questionar o valor cobrado.
"Ainda descendo próximo das barracas, um cara já veio e abordou a gente querendo oferecer o serviço dele. Ele ofereceu o valor das cadeiras por R$ 50 e disse que, se a gente consumisse os petiscos dele, a gente não ia pagar o valor das cadeiras e da barraca", contou.
"Eram umas quatro horas da tarde quando a gente pediu a nossa conta. Aí ele falou: 'eu vi que vocês não consumiram o petisco, então agora eu vou cobrar R$ 80 da cadeira de vocês'", finalizou.
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