BRASIL
Transição energética popular é defendida pela FUP durante G20
Tema foi pautado durante mesa redonda no Rio de Janeiro
Por Redação
O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, defendeu a transição energética soberana e popular durante os encontros e mesas redondas realizadas no G20 Social, que acontece no Rio de Janeiro, até a próxima segunda-feira, 18. O tema foi debatido durante discussão das propostas que serão levadas em texto aos chefes de estado das maiorias economias do planeta, a exemplo de Joe Biden (EUA) e Xi Jinping (China).
Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS) e do Conselho Participativo (CP) do governo Lula, Bacelar está participando ativamente dos encontros do G20 Social. “Participamos de algumas atividades autogestionadas (organizadas pelas entidades da sociedade civil). Numa delas, realizada pela FUP e pela Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia, tratamos da agenda da transição energética, que traz desafios ao desenvolvimento nacional. Estamos buscando fazer uma interlocução entre o governo e os movimentos sociais para que a transição energética justa soberana e popular seja feita como almejamos”, defendeu Bacelar.
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Para a FUP, existe um fenômeno crítico com relação às mudanças climáticas, provindo dos gases de efeito estufa, por isso há uma necessidade de uma implantação de políticas públicas efetivas que promovam a transição energética e a descarbonização, não somente da matriz energética brasileira, mas da indústria nacional. “Isso não é algo fácil de ser feito, pois há desafios tecnológicos, ambientais e sobretudo da geopolítica mundial que precisam ser enfrentados para que nós possamos avançar com relação a esse tema”, explica Bacelar.
“Entendemos que os exemplos que tivemos de transição energética, que vêm acontecendo principalmente no Nordeste do nosso país, não estão respeitando a necessidade de diálogo com as comunidades. Problemas sociais e de saúde pública estão ocorrendo por conta da instalação dos equipamentos de energia renovável, como eólica e solar, sem qualquer tipo de debate”, apontou o conselheiro do presidente Lula.
Ainda de acordo com Deyvid Bacelar, “o papel estatal é importante para minimizar esses efeitos negativos e buscar a partir de empresas estatais públicas, como a Petrobras, esse diálogo mais abrangente”.
“Um exemplo de avanço é o que a Petrobras tem feito internamente, tendo criado uma diretoria específica que trata dessa questão da transição energética, realizando acordos com empresas parceiras ou concorrentes do setor, como a Shell e a Total, para buscar investimentos na área e gerar a produção de combustíveis sintéticos, ou combustíveis do futuro”, concluiu Bacelar.
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