CARNAVAL 2025
Jerônimo cita Cidade Baixa, Paralela e Itapuã como possíveis circuitos
Governador ainda diz que "quem paga a conta mais alta da folia momesca é a segurança pública"
Por Gabriela Araújo e Lula Bonfim
Em meio às discussões sobre a superlotação de foliões nos circuitos do Carnaval, principalmente no Dodô (Barra-Ondina), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a defender a possibilidade da criação de um novo espaço, como alternativa de dividir os foliões e desafogar os locais oficiais.
Durante conversa com a imprensa, o governador ainda citou a Orla Marítima da capital, próximo a Itapuã, Paralela e Cidade Baixa, como opções para a realização da festa em 2025.
“Nós temos que estudar a Cidade Baixa, é um circuito que precisa de uma motivação, então é importante a gente se juntar com a Central de Carnaval, os empresários, os donos de camarotes, não podemos abrir mão de ouvi-los, os artistas também”, afirmou, nesta segunda-feira, 16.
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Embora tenha total conhecimento de que o debate sobre o assunto caiba a prefeitura, o chefe do Executivo estadual justifica que a segurança pública é quem paga a conta mais cara da festa.
“Nós não chegamos a um consenso [sobre a mudança de circuito]. A prefeitura coordena o carnaval, mas nós do estado é quem garantimos a infraestrutura, por exemplo, de segurança. A conta mais alta do carnaval, nem sempre é a banda, os cantores, é a segurança. [...]”, disse Jerônimo, no Hotel Grand Premium Brisa, em Porto de Sauípe.
O chefe do Palácio de Ondina ainda citou o atraso dos trios registrado no sábado de Carnaval, 10, na Barra-Ondina, como um dos problemas que pode comprometer a segurança pública. Para além, Jerônimo ainda relembrou o fechamento da Praça Castro Alves, ordenado pelo Corpo de Bombeiros, devido a superlotação durante a abertura dos festejos momo.
“[...]. O circuito Barra-Ondina teve um momento que tivemos que fechar o circuito. A Polícia Militar e Bombeiros, porque com o atraso do trio, que é natural, [...]. mas quando um trio quebra ou atrasa de sair do circuito vai se juntando às pessoas e não tem como sair. Então aquilo pode causar um transtorno muito grande de segurança. Foi [assim] também na abertura do carnaval, na quinta-feira, no encontro dos trios na Praça Castro Alves. Os bombeiros demandaram e a polícia militar fechou os portais, tanto da Carlos Gomes como na Avenida Sete. Por que? Porque não coube”, disse.
Críticas
Em coletiva de imprensa, o governador também fez questão de rebater as críticas dos opositores em relação a atuação do Estado na folia momesca. Jerônimo afirmou que, além de Salvador, a gestão se faz presente em mais "80 municípios do interior" e ressaltou a importância da Segurança Pública, de responsabilidade do governo da Bahia, para a festa.
"Não dá pra não reconhecer o que o estado faz. Sem segurança, não tem Carnaval. Sem hospitais abertos, sem o Corpo de Bombeiros, então, porque isso? Apoiamos não apenas Salvador, mas 80 municípios do interior da Bahia, que não poderiam fazer a festa sem segurança. Tivemos quase 12 milhões de pessoas passando pelos portais. Tivemos 3 milhões de turistas de outros estados vindo pra Bahia e isso é renda que entra pra Prefeitura e pro Estado", rebateu.
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