BARRA-ONDINA
'Tem que levantar a lata para vender', diz ambulantes sobre passarela
Vendedores relatam que a distância do circuito ainda impacta negativamente nas vendas
Por Alex Torres e Carla Melo
Apesar de a permanência dos ambulantes na passarela do circuito Barra-Ondina já estar com o ‘martelo batido’, ambulantes ainda relatam sofrer com perdas nas vendas devido a distância entre os foliões.
Segundo Alan Silva, eles precisam alertar às pessoas levantando e balançando a latinha de cerveja, para que os clientes cheguem até eles.
“Felizmente, de um certo ponto, a gente está fora de perigo de briga, mas por outro lado, da questão do dinheiro, para a gente ganhar nosso dinheiro, a gente tem que ficar em pé aqui levantando latinha para os clientes chegarem até a gente. Se a gente não ficar em pé, a gente não vende. Os vendedores do outro lado do circuito vendem, porque não estão distantes dos foliões, mas a gente não”, diz ele.
Elaine da França também critica os efeitos da estrutura montada pela Prefeitura de Salvador quanto à perda de vendas.
“Horrível, horrível! A gente não vende. O pessoal fica através do muro e agora o pessoal vai dar as costas pra gente. E aí a gente não consegue vender. Quem tá trabalhando na rua ganha mais que a gente”, desabafa a vendedora.
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Ela ainda reforça o pedido para o carnaval de 2025 em Salvador: “Quem é licenciado está tirando menos de quem não tem a licença. Então não pode mais acontecer isso. Ele [o prefeito Bruno Reis] tem que tirar isso e não colocar nunca mais na vida dele. Porque o carnaval tradicional é os dois ambulantes dos dois lados, mas juntos, sentindo o contato do povo. E isso a gente não está mais sentindo”, finaliza Elaine.
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