LUTO
7 filmes de Brigitte Bardot para relembrar a lenda do cinema francês
Ícone dos anos 1950 e 1960, atriz marcou gerações com papéis provocadores que seguem influentes na cultura pop

Por Beatriz Santos

A atriz Brigitte Bardot, um dos maiores ícones do cinema francês, morreu aos 91 anos neste domingo, 28. A informação foi divulgada por sua fundação dedicada ao bem-estar animal. Até o momento, não foram informados o local e o horário da morte.
Nos últimos meses, a artista havia preocupado fãs ao ser internada em Toulon, no sul da França, em outubro e novembro, para passar por uma cirurgia “em decorrência de uma doença grave”. Na ocasião, Bardot tranquilizou o público ao afirmar que se recuperava bem.
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Antes de se tornar símbolo mundial de liberdade e sensualidade, Bardot iniciou a carreira como modelo e estampou a capa da revista Elle em 1950, aos 15 anos.
O destaque rendeu um convite para o cinema e a levou a conhecer Roger Vadim, com quem se casou em 1952 e que mais tarde a dirigiria no filme responsável por sua projeção internacional.
Com uma presença magnética e um estilo que desafiou convenções sociais das décadas de 1950 e 1960, Brigitte Bardot construiu um legado que ultrapassa o cinema e influencia moda, comportamento e cultura pop até hoje.
Para revisitar essa trajetória marcante, o Cineinsite A TARDE preparou uma lista com ótimas opções para entender por que a atriz se tornou uma lenda.
7 filmes clássicos com Brigitte Bardot
E Deus Criou a Mulher (1956)

Ambientado na Saint-Tropez dos anos 1950, o filme acompanha Juliette Hardy, uma jovem órfã de comportamento livre e provocador, constantemente marginalizada pela sociedade conservadora local. Criada em um orfanato, ela aceita se casar com Michel Tardieu, o mais jovem e ingênuo de três irmãos, por quem nutre certo afeto.
No entanto, Juliette se sente intensamente atraída por Antoine, o irmão mais velho, mais experiente e sedutor. Ao mesmo tempo, ela desperta o desejo do milionário Eric Carradine, que a vê como um objeto de posse. Entre paixões, repressões e julgamentos morais, Juliette desafia as convenções sociais e transforma sua liberdade em escândalo, consolidando Brigitte Bardot como símbolo sexual e cultural do cinema mundial.
O Desprezo (1963)

Durante a produção de uma adaptação cinematográfica de “A Odisseia”, de Homero, na Itália, o casamento de Camille e Paul começa a ruir. Paul, um escritor contratado para reescrever o roteiro, passa a trabalhar para um produtor americano autoritário e pragmático.
Camille, por sua vez, desenvolve um sentimento profundo de desprezo pelo marido ao acreditar que ele tentou “negociá-la” para agradar o chefe e garantir o emprego. A partir desse mal-entendido, o filme constrói um retrato doloroso da incomunicabilidade do casal, explorando o desgaste do amor, o choque entre arte e mercado e a fragilidade das relações humanas.
A Verdade (1960)

Dominique Marceau, uma jovem bela, instável e de espírito livre, enfrenta um julgamento acusado de assassinar seu ex-amante, Gilbert Tellier, um talentoso maestro em início de carreira.
O tribunal se torna palco de um embate moral e geracional: enquanto a acusação tenta retratá-la como fútil, promíscua e calculista, a defesa busca revelar uma mulher incompreendida, consumida por uma paixão destrutiva. A narrativa se constrói por meio de depoimentos e flashbacks que revelam diferentes versões dos fatos, expondo preconceitos sociais e a forma como a justiça interpreta o comportamento feminino.
Vida Privada (1962)

Jill é uma jovem suíça de 18 anos que vive uma vida confortável ao lado da mãe viúva. Após se mudar para Paris, ela é descoberta por um produtor e rapidamente se transforma em uma estrela de cinema de sucesso internacional. No entanto, a fama cobra um preço alto: Jill passa a ser perseguida incessantemente por paparazzi e fãs, perdendo qualquer traço de privacidade ou normalidade.
Em meio à pressão psicológica, ela retorna à Suíça em busca de recuperação e reencontra um antigo amor, mas percebe que a exposição pública continua a ameaçar sua saúde mental. O filme reflete, de forma quase autobiográfica, os dilemas vividos por Bardot fora das telas.
Se Don Juan Fosse Mulher (1973)

Em um de seus últimos papéis no cinema, Brigitte Bardot interpreta Jeanne, uma mulher que acredita ser a reencarnação de Don Juan. Vivendo em Paris, ela confessa a um padre uma série de pecados e crimes, incluindo o assassinato de um homem.
Ao longo da conversa, Jeanne relata suas inúmeras conquistas amorosas, descrevendo como utiliza beleza, inteligência e sedução para manipular e destruir os homens que cruzam seu caminho. Para ela, a liberdade sexual é uma forma de poder e vingança em um mundo dominado por figuras masculinas, revelando uma protagonista tão provocadora quanto controversa.
Ao Cair da Noite (1958)

Ursula é uma jovem que acaba de deixar um convento para morar com a tia Florentine e o marido dela, o conde Ribera, um homem violento e autoritário. Vivendo no meio rural da Espanha, Ursula se apaixona por Lamberto, um jovem da região que também mantém um relacionamento secreto com Florentine.
Quando Ribera é morto em um confronto, Lamberto se vê acusado e forçado a fugir. Movida por impulsividade e paixão, Ursula decide acompanhá-lo, e os dois passam a buscar uma forma de deixar o país, enquanto segredos, traições e conflitos morais se acumulam.
Histórias Extraordinárias (1968)

Inspirado em três contos de Edgar Allan Poe, o longa é dividido em episódios dirigidos por Federico Fellini, Roger Vadim e Louis Malle. Em “Metzengerstein”, uma nobre aristocrata vive uma paixão obsessiva e não correspondida. Em “William Wilson”, um oficial comete crimes sucessivos e cruza o caminho de uma misteriosa jogadora de cartas interpretada por Brigitte Bardot.
Já em “Toby Dammit”, um ator decadente luta contra vícios enquanto tenta conquistar reconhecimento na mídia italiana. A antologia mistura horror psicológico, simbolismo e crítica social, reunindo grandes nomes do cinema europeu.
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