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Morre atriz francesa Brigitte Bardot, aos 91 anos
Brigitte foi ícone do cinema nas décadas de 1950 e 1960

Por Victoria Isabel

A lenda do cinema francês Brigitte Bardot morreu neste domingo, 28, aos 91 anos. A informação foi confirmada pela fundação criada por ela, dedicada à defesa do bem-estar animal.
Bardot havia sido internada nos meses de outubro e novembro, em Toulon, no sul da França, para a realização de procedimentos médicos. Na ocasião, chegou a tranquilizar os fãs, afirmando que se recuperava bem.
Ícone do cinema nas décadas de 1950 e 1960, Brigitte Bardot ficou mundialmente conhecida por filmes como E Deus Criou a Mulher (1956), de Roger Vadim, e O Desprezo (1963), de Jean-Luc Godard, Bardot construiu uma carreira de quase 50 filmes e 70 músicas. Desde 1973, ela dedicava-se ao ativismo pelos direitos dos animais.
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Na década de 1970, ela se afastou do cinema, passou a viver em Saint-Tropez, na Riviera Francesa, e dedicou sua vida à militância em defesa dos animais, causa que se tornou sua principal atuação pública nas últimas décadas.
Ativista pioneira
Em 1973, aos 38 anos, Brigitte Bardot encerrou a carreira artística após o filme “Colinot Trousse-Chemise” e se afastou da vida pública. Cansada da fama e da pressão dos paparazzi, passou a viver de forma reclusa em sua casa, La Madrague, em Saint-Tropez.
Desde então, dedicou-se integralmente à defesa dos animais, causa que dizia acompanhar desde a infância. Criou a Fundação Brigitte Bardot e se tornou uma das principais ativistas do tema na França, atuando contra a caça de focas, touradas, consumo de carne de cavalo e o uso de animais em testes laboratoriais. Em entrevistas e livros, afirmou que a militância a ajudou a lidar com os efeitos psicológicos da fama.

Posições políticas
Nos últimos anos, Bardot também esteve envolvida em polêmicas. Em 2021, foi condenada na França por declarações consideradas racistas contra moradores da ilha de Reunião, segundo a agência France Presse. O episódio gerou reações de autoridades e entidades de direitos humanos.
A atriz ainda manifestou apoio à extrema direita francesa, incluindo o partido Reunião Nacional e figuras como Jean-Marie e Marine Le Pen. Embora afirmasse evitar debates políticos além da causa animal, fez críticas públicas a governos franceses, ambientalistas e ao movimento #MeToo.
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