SÉRIE DOCUMENTAL
De Quijingue à fama: série mostra a trajetória de Luva de Pedreiro
Influenciador revela bastidores de sua ascensão, encontros com ídolos e o sonho de inspirar jovens em série documental
Por Téo Mazzoni
Nascido e criado no povoado de Tábua, na pequena Quijingue, localizada na sub-região do sertão baiano, o influenciador Iran de Santana Alves, mais conhecido como Luva de Pedreiro, mudou completamente a sua e a vida de seus familiares quando tornou-se uma estrela mundial devido a seus vídeos curiosos e estilo de vida simples. Com três amigos, uma bola, uma trave de futebol, um campo de barro, e, principalmente, uma luva, o jovem de 22 anos conquistou o mundo, acumulando mais de 40 milhões de seguidores em todas as suas redes sociais.
O sucesso foi tão grande que Iran Ferreira ganhou uma série documental na Max, produzida pela Beyond Films, intitulada "Luva de Pedreiro - O Rei da Jogada". Com três episódios, a produção estreia nesta quinta-feira, 7, e conta a repentina mudança de vida, e ascensão do influenciador, saindo de uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes, diretamente para as telas de milhões de pessoas ao redor de todo o mundo.
Em entrevista ao Cineinsite A TARDE, Luva revelou que ainda não assimilou completamente a grandiosidade do projeto e o impacto que ele pode ter. “Como que não aceita um negócio desse? Foi bom demais. Para falar a verdade? Nem caiu a ficha ainda. Parece que estou sonhando. Nessa reta final agora eu não estou nem dormindo de noite. Se eu estou feliz, imagina meus parceiros lá da Bahia”, afirmou ele.
A série traz à tona os momentos mais marcantes de sua trajetória, incluindo cenas gravadas em locais simbólicos de sua infância. “Teve uma cena que a gente gravou em uma casinha onde eu trabalhava e passei minha infância, que foi marcante para mim. Foi uma cena que eu gostei de fazer”.
Ao relembrar o início da carreira, Luva de Pedreiro enfatizou o apoio incondicional dos pais. “Graças a Deus eu tenho uma relação boa com meus pais. Eles sempre me apoiaram, muito mesmo. Eles não entendiam muito o que era, quando eu mostrava as coisas à painho ele nem sabia o que eu estava fazendo, mas sempre me ajudaram muito”, comentou. Para ele, o suporte familiar foi essencial para sua motivação e sucesso: “Sem o apoio deles eu acho que não tinha nem começado a fazer os vídeos. O apoio dentro de casa é o principal. Não tem dinheiro que pague o apoio dos pais”.
Além de compartilhar detalhes de sua vida pessoal, Luva de Pedreiro comentou que a série revela aspectos desconhecidos de sua jornada, mostrando que não se trata apenas de “postar vídeos”. “O pessoal pensa que é só postar vídeo, mas agora eles vão ver como foi toda a trajetória que eu passei para chegar aonde eu cheguei. A série vai ser muito inspiradora, vai inspirar muitas pessoas. Agora que a gente foi gravar lá, o pessoal ficou impressionado com a verdadeira realidade. Aproveitar o pouco para fazer muito”, ressaltou.
Luva também revelou um desejo especial para Quijingue, sua cidade natal. “Eu tenho o sonho de fazer uma escolinha de futebol para dar oportunidade aos meninos, que, assim como eu, têm ou tiveram o sonho de ser jogador, mas não tiveram meios para isso”, revelou.
Ídolos e seus encontros
Para Luva de Pedreiro, a trajetória desde a pequena Tábua parece, muitas vezes, inacreditável — até mesmo para ele. Ainda surpreso com tudo o que aconteceu em sua vida, ele confessa que é surreal estar lado a lado com grandes astros do futebol. “Ainda não me acostumei com isso. Os caras chegam tirando foto e eu lembro que eram pessoas que eu jogava no videogame e via jogando. Às vezes eu chego a pensar: será que é verdade mesmo?” relata Luva.
O jovem influenciador reviveu essa sensação ao relembrar um episódio marcante na cerimônia da Bola de Ouro, quando Didier Drogba, ex-jogador africano, aproximou-se para cumprimentá-lo. Esse gesto simples fez Luva questionar a realidade em que vive. “Na cerimônia da Bola de Ouro, o Drogba veio até mim e falou que estava orgulhoso. São nesses momentos que eu penso se é verdade mesmo o que está acontecendo”, afirma ele, ainda surpreso com a admiração de uma figura que antes ele só via de longe.
Talvez seja esse impacto da mudança repentina e a emoção que cada reconhecimento provoca que levem Luva a, constantemente, rever seus próprios vídeos. “Até hoje tem vezes que eu gravo os vídeos e fico vendo e revendo depois”, admite. Esse hábito não é somente uma forma de relembrar o que conquistou, mas também de redescobrir a conexão que mantém com seus fãs e com ele mesmo.
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Mas, entre todas as celebridades que encontrou, dois encontros foram especialmente marcantes: Cristiano Ronaldo e Neymar. Dois nomes que não só dominaram os campos, mas também o imaginário de milhões de jovens ao redor do mundo, incluindo Luva. Ele recorda o impacto de quando conheceu o craque português: “O dia que eu conheci Cristiano Ronaldo foi um negócio pesado. Eu não imaginava que iria conhecê-lo. Quando ele falou comigo, dizendo que já tinha visto meus vídeos, eu mal conseguia olhar para ele de tão nervoso. Ficava olhando para baixo”.
Com Neymar, o encontro foi igualmente especial, mas tomou um tom mais próximo e descontraído. Luva teve a chance de gravar com o craque brasileiro em uma participação no programa de Luciano Huck, experiência que ele descreve como “filé”. “Neymar é Neymar. Foi diferenciado conhecer ele. Tive a oportunidade de gravar com ele quando fomos no Luciano Huck. Foi ‘filé’. Nossa relação é próxima. Sempre reajo a alguma coisa dele no Instagram. Não ficamos muito tempo sem se falar”, diz, revelando que a amizade com o atacante do Al-Hilal vai além das câmeras.
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