SOBRENATURAL!
Esse momento assustou os atores da série de Raul Seixas: "Arrepiei"
Segundo relatos dos atores e produtores, algo inexplicável pairou sobre o set da produção
Por Bianca Carneiro

Raul Seixas foi, sem dúvida, um dos artistas mais enigmáticos da música brasileira. Excêntrico e provocador, mergulhou de cabeça no ocultismo ao lado de Paulo Coelho, com quem criou o conceito da Sociedade Alternativa, inspirado na filosofia Thelema, do mago britânico Aleister Crowley. A ideia de uma sociedade completamente livre e autônoma atravessa letras como Gita, Novo Aeon e A Lei.
É esse universo místico e filosófico, repleto de símbolos, transgressão e espiritualidade, que a série Raul Seixas: Eu Sou, da Globoplay, tenta capturar não apenas na narrativa, mas na própria energia dos bastidores. E, segundo relatos dos atores e produtores, algo inexplicável também pairou sobre o set.
“Foi uma loucura mesmo”, diz o ator que vive Raul
Ravel Andrade, que interpreta Raul, contou como foi viver o artista de forma intensa e imersiva:
“Foi uma loucura mesmo. O Raul é um cara que sempre buscou a autenticidade, ele foi no limite disso, um cara que gostava dos excessos. Então, quando ele encontra o Paulo Coelho, ele é um cara que influencia muito ele nessa onda do lado esquerdo da força, do Aleister Crowley. O Paulo começa a plantar um pouco dessas ideias na cabeça dele. E a gente embarcou nessa lindamente, acho que a série tem um pouco de fantasia também, um pouco fantástica."
Essas viagens do Raul foram um prato cheio pra gente poder realmente pirar, na maneira de filmar também, na maneira de interpretar. Foi delicioso embarcar em tudo isso. E mostrar o quanto o Raul era uma metamorfose ambulante mesmo
Ravel ainda destacou o impacto emocional da transformação constante do personagem:
“Vocês vão poder ver na série a quantidade de vezes que o Raul se transforma em algo novo. E eu acho que isso é inspirador. Inspirador pras novas gerações também.”
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Bastidores místicos

Gabriel Wiedemann, que interpreta Sylvio Passos, não hesitou em chamar os bastidores de místicos, literalmente falando.
“Tinha um misticismo nos bastidores. Acho que o Paulo e o Pedro conseguiram tanto trazer essa magia que, eu lembro, na primeira cena em que o Sylvio conhece o Raul, eu me arrepiei inteiro. Eu cheguei, e o cenário estava absurdo, o figurino do Ravel estava absurdo e ele, no cantinho, concentrado… lembro que, chegando na cena, a parada toda meio que parou em volta de mim.”
Segundo ele, essa sensação não foi um episódio isolado: “Acontecia sempre. Eu sempre era transportado para esse outro universo, que eu acho que é muito Raul. Os bastidores já estavam na série com certeza. Eles conseguiram transpassar.”
Pedro Morelli, produtor da série e filho do diretor Paulo Morelli, explicou que o objetivo era fugir do padrão tradicional de biografias:
“A gente estava sempre tentando fugir da narrativa clássica. Até a forma como a gente mostra toda a viagem mística do Raul, tudo que ele experimentou…a ideia era não mostrar de forma convencional, tentar estar dentro da cabeça dele, vendo aquilo.”
Ele destaca que o realismo foi deixado de lado para que a série captasse sensações mais profundas:
A gente tem muitas cenas com tons surrealistas. As coisas acontecem, coisas não realistas acontecem, várias coisas não realistas acontecem, porque a gente está entrando na onda da cabeça dele. [...] Estar mergulhando junto com ele e vivendo essa experiência. Tentar comunicar um pouco dessa experiência pessoal, visceral dele
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