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Estreia em Salvador: curta Não Tem Vaga celebra amizade e paixão pelo Bahia
Filme baiano inspirado em história real estreia neste sábado em Salvador

Por Manoela Santos*

Quatro amigos apaixonados pelo Esporte Clube Bahia se veem diante de uma situação-limite no dia de uma final de campeonato. Esta é parte da história que será contada no filme baiano Não Tem Vaga. Com entrada gratuita, o curta tem estreia marcada para o próximo sábado na Sala Walter da Silveira.
Serão realizadas duas sessões. A primeira às 18h, com recursos de acessibilidade, e a segunda, às 19h, sem recursos de acessibilidade. Os ingressos podem ser retirados na plataforma Sympla.
Para o diretor Felisberto Bulcão, a história é sobre a vida e a sua imprevisibilidade. “Nós traçamos planos cuidadosos e esperamos chegar ao final do caminho sem desvios. Aí, o inesperado nos tira da rota. Acho que as atitudes que tomamos nesses momentos extremos, ou nem tanto, dizem muito sobre nosso caráter. Foi o que tentamos passar com Não Tem Vaga”, afirma.
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Primeiro tempo
O roteiro é baseado em uma história real e foi escrito por Maurício Amaral e Felisberto Bulcão há cerca de 20 anos. Segundo Bulcão, na época ele ainda fazia faculdade de cinema e estava buscando uma história para participar do Festival Nacional de Cinema Universitário, no Rio de Janeiro.
“Como o tempo até a data final da inscrição era muito curto, pedi ao meu amigo e parceiro de escrita, Maurício Amaral, uma ideia de tema. Então, ele me contou um fato inusitado que havia ocorrido anos antes com um ex-colega de trabalho”, explica o diretor.
“Gostei muito do argumento e escrevemos o roteiro juntos. Nos classificamos para o festival de cinema e para a oficina de roteiros. Não posso entregar a história, mas a vaga em questão, ou a falta dela, é o que motiva as viradas dramáticas e cômicas do filme”, alinhava Bulcão.
Segundo o diretor, tanto ele quanto Maurício possuem uma veia de humor muito forte, garantindo que o público possa experimentar um pouco do drama, mas também da comédia.
“Por mais que a gente tente escrever uma história baseada num drama, a comédia está sempre presente”.
Apesar de a história ocorrer durante um campeonato, o diretor, assumidamente tricolor, explicou que o foco do filme não é falar somente sobre futebol. “O futebol é um pano de fundo importante, mas os temas principais são a imprevisibilidade da vida e a amizade. Claro que homenagear o Bahia, meu time de coração, é uma emoção a mais. Fui criado indo à Fonte Nova com meu pai”.
Time em campo
Além de Fernando e Maurício, a construção do audiovisual contou com a preparação de elenco da atriz e diretora Fernanda Paquelet, enquanto a fotografia é assinada por Dodô Villar. A trilha sonora ganha vida com a música-tema da banda The Honkers. Fábio Bahia e Rickson Bala foram responsáveis, respectivamente, pela operação de câmera e som direto.
Além disso, o filme contou com a assessoria de acessibilidade da profissional Rita Souza, que acompanhou as gravações, orientando toda a equipe. O próprio Bulcão participou da escolha de parte dos profissionais, ao lado do produtor e ator Vinícius Belo. Uma alegria especial para o diretor foi ter a assistência de direção assinada por sua filha, Liz Bulcão.
Os atores responsáveis por dar vida aos personagens são Alexandre Moreira, Sidnei Matos, Hugo Bastos e Vinícios Belo. O curta conta, ainda, com as participações especiais de Eddy Veríssimo, Luiz Pepeu, Eddie Marques e Expedito Magrini.
Para Alexandre, o processo de lidar com o mote de amizade verdadeira em cena foi muito tranquilo. “A própria equipe já transmitia essa ideia de amizade, criando um ambiente leve e colaborativo. Pessoas que inspiraram a criação dos personagens também marcaram presença, vivendo a história de outros. Penso que realidade e ficção caminharam de mãos dadas na construção dessa narrativa”.
O ator torce para que o filme consiga emocionar o público. “Espero que todos se divirtam e se permitam rir e chorar com a gente. Tenho certeza de que algo nas relações desses quatro amigos será capaz de acionar alguma memória distante ou recente dentro de cada espectador”, explica.
Não Tem Vaga foi selecionado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e tem sua produção custeada com recursos da Lei Paulo Gustavo. O filme conta ainda com apoio institucional do Hospital Martagão Gesteira, Esporte Clube Bahia e do Hospital Fundação Bahiana de Cardiologia.
*Sob a supervisão do editor Eugênio Afonso
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