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SUCESSO!

Filme baiano faz história e leva três prêmios em grande festival

Cinema da Bahia em alta: Cais venceu em todas as categorias principais

Por João Paulo Barreto | Especial A TARDE*

19/06/2025 - 19:37 h
Cena do filme Cais
Cena do filme Cais -

“Foi um strike! Prêmio do Júri Oficial, Prêmio do Público e Prêmio da Crítica”! Em conversa empolgada com o colega Rafael Carvalho, o mesmo definiu assim a noite de quarta-feira, 18, por coincidência, véspera do Dia do Cinema Nacional, quando Cais, filme dirigido por Safira Moreira, produção de Flávia Santana, sagrou-se como o grande vencedor da noite de premiação do festival curitibano Olhar de Cinema.

Os três prêmios recebidos no Paraná simbolizam a continuação de uma estrada vitoriosa que o tocante trabalho já possui como trajetória histórica para o cinema baiano.

Um lançamento da Mulungu Realizações Culturais, com produção cuidadosa de Flávia Santana, ao lado da Omnirá Filmes e da Giro Planejamento Cultural, Cais contou com o patrocínio do Rumos Itaú Cultural e o Fundo Avon Mulheres no Audiovisual (FAMA).

Antes do Paraná, o filme também foi exibido recentemente no Festival Internacional de Cine en Guadalajara, no México, além de já ter agendada sua próxima participação em festivais internacionais no BlackStar Film Festival, na Filadélfia (EUA). Também na terra do tio Sam, o longa foi, em 2024, premiado no Sundance Documentary Fund, vinculado ao Sundance Institute.

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Produção afiada em Cais

Safira Moreira com seu filho, Amani, a produtora do filme, Flávia Santana, e Nataly Pinho, responsável pela distribuição em festivais
Safira Moreira com seu filho, Amani, a produtora do filme, Flávia Santana, e Nataly Pinho, responsável pela distribuição em festivais | Foto: Divulgação | Lina Sumizono

A produtora Flávia Santana comemorou junto à diretora Safira Moreira a consagração após esta longa estrada. ”Cais é um trabalho que fala sobre vida-morte-vida. Sobre tempo. E fala de uma forma muito poética e sensível. É um projeto no qual eu venho trabalhando em parceria com Safira desde 2018. Primeiro era a ideia de um filme que traria uma jornada dela junto com sua mãe, dona Angélica Moreira, em busca de uma reconstrução de uma imagem que faltava da sua avó. Um filme que falava dessas memórias apagadas, estilhaçadas, de famílias negras. Trabalhamos nisto por anos", pontua Flávia.

Uma mudança de norte, porém, trouxe a Cais um novo direcionamento. “Em 2022, quando finalmente conseguimos os recursos para começar a filmar, veio o adoecimento de dona Angélica e essa necessidade de a gente recalcular a rota. Safira tinha até pensado em desistir. Mas com muita resiliência, ela embarcou nessa jornada dois meses após o falecimento de dona Angélica para fazer o filme”, conta.

Safira Moreira pontua que é um "filme tem uma trajetória intuitiva, antes de tudo. Éramos uma equipe de quatro adultos e um bebê, atravessando a Bahia e o Maranhão de carro, filmando coisas que eu sonhava, que minha mãe guiava, que tínhamos que encontrar no caminho. Um caminho que tem o Rio Paraguaçu como condutor, e o Rio Alegre (no Maranhão) como presente. Foi sendo esculpido no tempo, mesmo", explica a cineasta.

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Importância do ‘Olhar’ para o cinema independente

Flávia Santana pontuou, em conversa com A TARDE, a importância do festival em manter um olhar atento às produções independentes.

Depois de anos de muita dedicação, ter um filme estreando em um dos maiores festivais de cinema do Brasil, como o Olhar de Cinema, é uma grande realização. Um festival que eu admiro muito, que tem uma curadoria muito cuidadosa, muito atenta às produções independentes, inclusive as de fora do eixo. E que tem, também, um público muito interessado, participativo. Então, ter estreado nacionalmente no Olhar foi uma grande oportunidade e um presente. Uma grande homenagem para dona Angélica Moreira

Com três prêmios, Flávia, ainda, pontua a importância do prêmio popular como uma conexão da obra com sua audiência.

“Ter recebido esses prêmios, de Melhor Filme pelo Júri Oficial, e de Melhor Filme pela Crítica, é incrível. Mas, no fundo, o melhor prêmio mesmo é o de Melhor Filme pelo Público. Porque é para isso que a gente faz cinema. É para que os nossos filmes possam alcançar e conectar as pessoas. Então, receber os prêmios nessas categorias com o prêmio do público foi chegar a um entendimento de que o filme que a gente fez, de que o cinema que estamos fazendo, que Safira está fazendo, é um cinema que toca as pessoas. Um filme com o qual as pessoas se conectam", finaliza Flávia.

*O jornalista viajou para Curitiba a convite do Festival Olhar de Cinema

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