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Na Netflix: a minissérie que bateu recordes com 112 milhões de visualizações
A produção virou fenômeno global e conseguiu o status de aclamada pela crítica

Por Beatriz Santos

Antes de se tornar uma das maiores vitórias criativas da Netflix, O Gambito da Rainha já acumulava uma história própria. Foram necessários 30 anos para que o romance de Walter Trevis finalmente chegasse às telas.
O projeto só saiu do papel quando a plataforma se comprometeu a apoiar completamente a visão de Scott Frank, que desejava adaptar a trajetória da prodígio do xadrez Beth Harmon, um misto de ficção, realismo psicológico e drama humano.
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Frank tomou decisões fundamentais que moldaram o sucesso da minissérie. Ao optar por uma estrutura linear, ele se aproximou da estética biográfica sem deixar de aproveitar a liberdade narrativa oferecida pela ficção.
Essa escolha permitiu que cenas, conflitos e momentos-chave fossem construídos com precisão cinematográfica, sempre conduzidos pelo desenvolvimento emocional da protagonista.
A escolha que mudou tudo
Um dos pilares centrais da produção é a escalação de Anya Taylor-Joy no papel de Beth Harmon. A intérprete já era considerada promissora, mas foi aqui que sua carreira deu um salto definitivo.
A performance foi decisiva não apenas para o impacto da história, mas também para que a série fosse percebida como uma obra de alto nível artístico.
Além de seu talento evidente, o elenco de apoio foi cuidadosamente distribuído, permitindo que cada personagem tivesse tempo de tela suficiente para construir presença e relevância.
Esse equilíbrio contribui para o ritmo da narrativa e sustenta o envolvimento do espectador, que acompanha o crescimento, as quedas e as ascensões de Beth sem perder o interesse.
Ao se aproximar do formato biográfico, Scott Frank soube usar a liberdade de ficção para enriquecer os acontecimentos. Sem estar preso à realidade, pôde reorganizar fatos, aprofundar relações e acrescentar cenas que fortalecem a jornada emocional da protagonista.
Recordes, repercussão e um fenômeno cultural
O sucesso foi tão grande que O Gambito da Rainha se tornou um marco na Netflix. Os 112,8 milhões de visualizações a colocaram como a minissérie mais assistida da plataforma até então e como a temporada mais vista de uma série regular.
Embora o recorde tenha sido superado meses depois pela primeira temporada de Bridgerton, que alcançou 113,3 milhões de visualizações, o impacto já havia sido consolidado.
O alcance ultrapassou o streaming: o lançamento provocou um verdadeiro boom do xadrez em todo o mundo, com aumento na venda de tabuleiros, livros e inscrições em clubes. Um efeito cultural raro para uma minissérie, ainda mais uma centrada em um tema aparentemente nichado.
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