POLÊMICA
Nova lei do cinema divide opiniões em Salvador: "Desnecessária"
Lei obriga cinemas de Salvador a iniciarem filmes pontualmente

Por Agatha Victoria Reis e Bianca Carneiro

Uma nova lei já está dando o que falar entre os soteropolitanos. Sancionada pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), a medida obriga os cinemas da capital baiana a iniciarem a exibição dos filmes exatamente no horário previsto na programação oficial. Ou seja, o horário da sessão deve corresponder ao início efetivo do filme, sem incluir trailers, propagandas comerciais ou institucionais.
A reportagem do Portal A TARDE ouviu, nesta quarta-feira, 12, frequentadores de um cinema em Salvador sobre o assunto. A maioria, no entanto, afirmou ainda não ter conhecimento da nova lei.
Parte do público considerou a mudança desnecessária, argumentando que os trailers ajudam na organização antes da exibição principal. “Eu gosto de assistir aos trailers, dá tempo de comprar pipoca e se acomodar”, disse uma espectadora. “A sociedade tem muitas outras necessidades, essa lei sobre o horário do cinema, se torna uma lei meio desnecessária”, argumentou outra.
Por outro lado, também houve quem aprovasse a novidade. Acredito que essa lei, ela seja bastante pertinente para nós consumidores, porque quando a gente entra no cinema é obrigado a assistir trailer no horário do filme, a gente acaba se estendendo um pouco mais dentro do cinema e acaba perdendo também o foco”, comentou a advogada Ingrid Primo, 30 anos.
“Eu nem conhecia a lei, mas acabando de saber do que se trata, eu acho válida, embora saibamos que as propagandas são para trazer informações e divulgação. Porém, acho válida a lei porque, em virtude da gente comprar um ingresso para assistir a uma sessão em determinado horário, é nesse horário que deveria ser iniciado”, finalizou a professora Célia Bittencourt, de 58 anos.
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De acordo com o texto sancionado, os trailers e comerciais deverão ser exibidos antes do horário oficial da sessão, “sem prejudicar o início pontual do filme”. O descumprimento poderá gerar penalidades que vão desde advertência escrita até multa de R$ 5 mil, em caso de reincidência, e até suspensão temporária do alvará de funcionamento por até 30 dias.
A nova regra, proposta pelo vereador Randerson Leal (Podemos) e aprovada em setembro na Câmara Municipal de Salvador, entra em vigor 60 dias após a publicação. A fiscalização ficará a cargo dos órgãos municipais de defesa do consumidor, especialmente a Codecon Salvador.
O parlamentar defende que a medida representa “respeito, transparência e qualidade no serviço prestado”, além de corrigir um costume antigo das redes de cinema que costumam alongar a exibição de propagandas antes do início do longa.
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