Nosso camisa 10
Confira a coluna do jornalista Leandro Silva
Mesmo em uma partida em que o Esquadrão foi derrotado em casa, como aconteceu no sábado, contra o Cuiabá, há um inegável prazer em ver de perto, na Fonte Nova, o que o nosso camisa 10 Éverton Ribeiro faz com a bola. E domingo, contra o Corinthians, será mais uma oportunidade para desfrutar do privilégio de tê-lo honrando a nossa camisa tricolor.
É preciso, inclusive, deixar claro que nem foi uma das melhores apresentações do nosso capitão no Bahia, foi um jogo em que as ações dele iam de um extremo ao outro com incomum frequência, mas, ainda assim, o cara é diferente.
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Da perna esquerda dele, saiu mais uma entrega aérea certeira para gol de cabeça tricolor neste Brasileiro. Dessa vez, foi Jean Lucas, mas o próprio camisa 6 já tinha aproveitado, contra o Fortaleza, enquanto Everaldo finalizou contra o Criciúma. Todos lances de bola trabalhada até chegar aos pés do craque.
Foi a quinta assistência do camisa 10 no Brasileiro, já que ele diversifica as ações e também trabalha com entrega terrestre e deu dois passes rasteiros para gols, servindo Everaldo, no golaço do camisa 9 contra o Grêmio, e Thaciano, contra o Juventude.
No ano, inclusive, já foram oito assistências do meia. Além de quatro gols, sendo dois em Ba-vis. Falta balançar as redes no Brasileiro.
Se a assistência e a participação de Éverton não conseguiram levar o Esquadrão a um melhor resultado no sábado, contra o Cuiabá, ele já tinha dado uma demonstração do impacto da presença em campo no triunfo de quarta-feira passada, fora de casa, contra o Athletico Paranaense. Sem gol ou assistência, ele foi fundamental para a manutenção do resultado.
Contra o Athletico, ele havia sido preservado, por desgaste físico, na primeira etapa. Mesmo assim, o time se virava bem sem ele e abriu 2 a 0 no placar, jogando bem. Mas veio o segundo tempo e o Athletico buscou uma reação. Depois que o primeiro gol saiu, a impressão que era passada era de que os paranaenses chegariam, no mínimo, ao empate, com certa naturalidade, já que o Tricolor parecia encurralado.
Éverton, entretanto, foi acionado por Rogério Ceni e conseguiu reorganizar a equipe tricolor, voltando a trocar passes, junto com os companheiros, no campo de ataque, e acabando com a pressão adversária. O time se acalmou e chegou ao terceiro, em cobrança de falta de Juba, garantindo três preciosos pontos.
Mas não é só a técnica, a habilidade, a visão de jogo, a movimentação em campo e a forma de tocar na bola que encantam com relação a ele.
A liderança pelo exemplo e a postura sempre séria e comprometida fazem com que o torcedor se sinta respeitado e representado em campo. Humilde, ele se entrega em campo a todo momento, como os companheiros, mesmo tendo o melhor currículo.
A humildade e a tranquilidade do capitão fazem com que ele seja um importante símbolo de um grupo que, ao tudo indica, é formado por seres humanos comprometidos com o Bahia.
É necessário, inclusive, parabenizar a seleção de pessoal e torcer para que esse tipo de perfil seja a regra em todas as futuras contratações.
Domingo, ele irá enfrentar o clube pelo qual foi revelado e não conseguiu tanto destaque. Ele precisou deixar o Corinthians para mostrar toda a qualidade, seja com a camisa do São Caetano, do Coritiba, do Cruzeiro ou do Flamengo, que o levaram à Seleção. E a torcida é para que ele siga encantando por aqui e faça história, com grandes conquistas e exemplos gigantes.