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Caldeirão de Aço

Por Leandro Silva

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 06 de junho de 2024 às 10:36 h | Autor: Leandro Silva

Quando vamos acreditar?

Confira a coluna do jornalista Leandro Silva

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Rogério Ceni durante treino na Cidade Tricolor
Rogério Ceni durante treino na Cidade Tricolor -

O título de hoje pega carona em destacado trecho do vídeo de bastidores do empate de domingo contra o Atlético Mineiro, divulgado pelo clube, em que o treinador Rogério Ceni interroga os comandados com uma inquietante questão que pode ser estendida a todos nós torcedores e representantes da imprensa (dois grupos do qual faço parte). “Vocês vão acreditar quando que nós temos capacidade para chegar lá em cima? (...) Nós temos que acreditar todo dia, querer todo dia. Não desistir dos jogos, como vocês não desistiram hoje”.

Gostaria de destacar essa importante característica do elenco atual tricolor, que já mostrou diversas vezes não desistir das partidas facilmente, buscando resultados que já pareciam improváveis pela qualidade do adversário ou por circunstâncias do jogo, como foi domingo, quando o Atlético abriu o placar já na segunda etapa, mas o Esquadrão não se entregou e teve forças para buscar o importante empate, com golaço de Ademir, e sustentar com a segurança defensiva. Primeiramente, entretanto, gostaria discorrer sobre a questão levantada por Ceni. Quando nós, torcedores, jogadores, comissão e imprensa, iremos acreditar?

Primeiro, é preciso reconhecer certa dificuldade com a mudança de status, que não foi repentina e faz parte de um processo antecipado pelo Grupo City desde as primeiras declarações oficiais à frente do clube. De maneira figurada, entretanto, como em uma história extraída dos títulos do nosso mascote, Superman, de um dia para o outro, parecemos acordar em uma realidade paralela, em que as ambições do Bahia no Campeonato Brasileiro são muito diferentes das que foram evidenciadas há mais de três décadas.

Desde que o time de Luís Henrique, Charles e Naldinho encantou e levou o Bahia até a semifinal de 1990, com chances reais de conquistar o tri, ainda no embalo do título de 1988, o Esquadrão não voltou a dar mostras de que pudesse colocar o nome em uma lista real de candidatos ao título. Passou a ser uma espécie de sonho proibido até o atual Brasileiro. E, justamente, pela falta de costume, é difícil para todos os envolvidos acreditarem. A suposta mudança de patamar ainda é muito recente. Se o título ainda parece abstrato, o retorno à Libertadores já parece menos inatingível.

Voltando a falar sobre o vídeo de bastidores do empate contra o Atlético, nele é possível ver também o comandante dando alguns argumentos para que possamos acreditar nesse grupo. Ele destaca o fato de o Bahia estar com a mesma pontuação do líder, Flamengo, mesmo enfrentando boas equipes da parte de cima da tabela, como Botafogo, Red Bull Bragantino e Atlético Mineiro.

De fato, o Bahia tem ido bem contra os mais fortes. Contra os três citados pelo treinador, por exemplo, foram sete pontos, mesmo com dois jogos longe da Fonte. Resta ver como será o comportamento contra equipes com pretensões mais modestas. Dentro do Brasileiro, encarou apenas o rival e ficou no empate.

Na semana passada, disse que a evolução defensiva tricolor seria colocada à prova no jogo de domingo contra o Atlético Mineiro, um dos adversários com maior poderio ofensivo na competição. E a equipe passou no teste. Soube marcar e suportar as ações adversárias durante quase toda a partida, sofrendo apenas um gol em cobrança de falta. São dois gols sofridos em sete jogos, comprovando a evolução.

Sigamos com calma e serenidade, mas estão nos deixando sonhar. Agora, nessa nova realidade, que miremos as estrelas. Para o alto e avante.

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