>
Colunistas
>
De Olho na Saúde
Sociedade surtada
Mais da metade das pessoas (51%) consultadas em uma pesquisa do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmaram que tiveram impactos negativos na saúde mental por conta pandemia da Covid-19. Outra pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) revela que os problemas de saúde mental estão aumentando em escala preocupante durante esse período em que o isolamento social tem sido necessário. O levantamento aponta que os casos de depressão quase dobraram e os de ansiedade e estresse tiveram um aumento de 80%. Além disso, a pesquisa revelou que as mulheres são mais propensas do que os homens a sofrer com ansiedade e estresse durante a pandemia.
Estamos chamando a atenção para a questão da saúde mental dentro do contexto da pandemia. Na verdade, o adoecimento da população vem acontecendo por questões as mais excludentes, como a fome e a falta de emprego. Somos quase 14 milhões de desempregados, atingidos por problemas financeiros de toda ordem e pela falta de esperança em dias melhores. Diante de questões cruciais de sobrevivência, é impossível ter “mente sã, corpo são”.
Tais situações corroboram para o gatilho e aparecimento de transtornos que precisam de atenção. Doença mental é uma questão de saúde pública, mas vem sendo negligenciada pelas autoridades.
E, para além do contexto da pandemia, a mulher também acaba sendo vítima de outro problema ainda mais grave, que é a violência. Se formos analisar os recentes acontecimentos aqui na Bahia que repercutiram nas redes sociais, como o caso do agressor de Ilhéus e agora, mais recente, o idoso que assassinou a esposa em um condomínio de luxo em Salvador, efetivamente podemos constatar o quadro desolador da violência, em que a vulnerabilidade da mulher se torna evidente. Não se pode tratar os casos acima citados como um impacto da pandemia na saúde mental. Agressores e feminicidas sempre serão agressores e feminicidas. Por isso, cabe à Justiça apurar os fatos, com rigor, e condená-los pelos crimes que cometeram.
Quarta onda
Os impactos sobre a saúde mental provocados pela pandemia da Covid-19, que vêm sendo chamados de “quarta onda”, são alarmantes. Sem dúvida, procurar ajuda psiquiátrica e/ou psicológica precocemente é a melhor solução. O Espaço Nelson Pires se adequou ao momento com a implantação de protocolos rígidos para evitar a contaminação dos pacientes internados e novos . A instituição disponibiliza atendimentos psicológico e psiquiátrico por videochamada para os pacientes do ambulatório. “Nossa maior preocupação é a de não interromper a assistência aos portadores de sofrimento psíquico, como também conseguir atender ao aumento da demanda por esse cuidado”, reforça o médico psiquiatra Lúcio Botelho, diretor médico do Espaço e da Omni Centro de Terapias Biológicas.
Top Norte/Nordeste
O médico hemodinamicista José Carlos Brito é uma referência quando o assunto é coração. À frente de uma equipe de cardiologistas intervencionistas composta por Heitor Carvalho, Adriano Dourado, Joberto Sena, tem feito intervenções muito complexas no coração, através de cateterismo percutâneo. Destaque no Norte/Nordeste, eles acumulam grande experiência em implantes de stents coronários e percutâneos das válvulas cardíacas, evitando cirurgia e salvando vidas.
Mais saúde
Que o SUS é o modelo, um dos mais expoentes em saúde pública do mundo, todos nós já ouvimos falar disto. Mas precisamos de melhor aplicação dos seus programas. De acordo com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), tratamentos como acupuntura, RPG, quiropraxia, aromaterapia, homeopatia, entre outras terapias integrativas, devem ser fornecidas pelo sistema. A população necessita de boas alternativas de saúde e bem-estar.
