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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 25 de fevereiro de 2024 às 7:32 h • Atualizada em 25/02/2024 às 10:42 | Autor:

PTN, onde Odebrecht conseguiu ensinar a pescar, e não dar o peixe

Confira a Coluna de Levi Vasconcelos deste domingo

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Executivos da Mitsubishi Corporation ao lado de jovens da CFR-PTN
Executivos da Mitsubishi Corporation ao lado de jovens da CFR-PTN -

A primeira obra do engenheiro Norberto Odebrecht foi a ponte do Saici, em Ituberá, assim chamada mas na real um porto para a Firestone desovar a sua produção de borracha, lá pelo final dos anos 40. E foi também a partir daí que ele pegou chamego com o Baixo Sul.

Fincou pé no trecho. Virou dono da ilha de Kieppe, na boca da Baía de Camamu, e também fundou o Ides, Instituto de Desenvolvimento do Baixo Sul, mandando de saída o recado para todos: “Meu dinheiro não é para dar patrimônio a ninguém. É para educar, formar cidadãos, gente que pensa” .

Juscelino Macedo, amigo dele desde que o conheceu, em 1999, quando tinha 15 anos, até o dia que morreu (19 de julho de 2914), conta que teve a honra de conviver com um cidadão admirável, que hoje colhe bons frutos (literalmente) das sementes que plantou.

— Tenho certeza de que ele teria muito orgulho.

Coopatan —Conta Juscelino que Norberto Odebrecht, desde os primórdios da convivência, lá na igreja Assembleia de Deus de Presidente Tancredo Neves, sempre teve focos definidos: educação, meio ambiente, ações sociais e setor produtivo.

No setor produtivo fixou cinco cadeias no Baixo Sul, a da pesca, em Valença e Cairu, a da Piaçava, de Cairu a Camamu, a do palmito em Ituberá e Igrapiúna e a da mandioca, em Tancredo Neves.

A da pesca e a da piaçava não vingaram, a do palmito seguiu e a da mandioca virou a rainha, a mais bem sucedida empreitada rural de cunho social do trecho.

Nasceu em 2000 a Cooperativa dos Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves, a Coopatan, desde então e até hoje pilotada por Juscelino. Hoje tem 370 associados e processa 7 milhões de toneladas de alimentos, de farinha a fécula de mandioca.

Isso dá uma renda média de R$ 6,4 mil. Juntinho, com vida própria, está a escola Casa Família Rural, mas o boom veio do consórcio entre a mandioca e a banana, que botou Tancredo Neves no mapa do agro.

— Quando se diz por aí uma banana pra você, aqui vira honraria. O pessoal responde: mande um caminhão.

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