Segundo o The New York Times, Trump acabou recuperando Lula
Confira a coluna deste sábado, 19

Definitivamente a pretensão do presidente dos EUA, Donald Trump, de forçar a anistia a Bolsonaro e cia saiu pela culatra. Lá, o jornal norte-americano The New York Times afirmou que o tarifaço de Trump teve um efeito “inesperado”: reacendeu o apoio a Lula, que vinha mal nas pesquisas e virou o jogo.
E cá, Bolsonaro está praticamente preso. O STF impôs a ele o uso de tornozeleira eletrônica, não pode usar as redes sociais e está proibido de falar até com o filho Eduardo, que está nos EUA e é tido como o mentor das articulações com Trump.
Convenhamos, Bolsonaro até achou que estava no caminho certo. Chegou a se oferecer como negociador com Trump, ‘se Lula aceitar’, como se o Brasil tivesse acuado num beco sem saída. Agora ele se diz humilhado, proibido até de sair à noite. Talvez sim. E o tarifaço que pode custar o emprego de milhares de pessoas é o quê?
Delírio – O The New York Times chegou a reproduzir uma charge da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, na qual Trump é chamado de Tramp, que na tradução significa vagabundo.
Enquanto o mundo empresarial fervilha, tem Lula dizendo que não quer briga, quer negociar, e Trump insistindo na tese da anistia ampla, geral e irrestrita para Bolsonaro e seus aliados, acusados de terem cometido crimes políticos graves.
É nesse clima que alguns petistas baianos passaram a perguntar: a reação positiva de Lula é o efeito Sidônio ou o tarifaço? As duas coisas. Nunca o pessoal de Lula usou as redes tão bem.
Os Coelho que ficaram fora
A visita de Lula a Juazeiro anteontem ainda dá o que falar. O avião que o transportou pousou em Petrolina, município vizinho, já em Pernambuco, mas o Planalto sequer avisou ao prefeito Simão Dourado (UB).
É que Simão é do grupo de Miguel Coelho, ex-prefeito, filho do ex-senador Fernando Bezerra Coelho, que se declarava um dos bastiões de Bolsonaro no sertão. Daí, o silêncio presidencial foi proposital.
O recorde que vem de Ibicaraí
Jonathas Soares (Republicanos), vice-prefeito de Ibicaraí que ostenta a condição de um dos mais jovens do Brasil, com 29 anos completados na última segunda, agora é candidato ao Guiness Book, segundo o que se diz lá.
Ele tomou posse pela manhã como prefeito em substituição à prefeita Monalisa Tavares (UB), afastada pela Câmara, e à tarde, a Justiça autorizou-a a voltar. Ou seja, o mandato dele é recorde em curta duração.
Cynthia vai ao Lar Harmonia
A Fundação Lar Harmonia, o centro espírita fundado por Adenáuer Novaes há 30 anos, celebra hoje os 20 anos do Núcleo Jurídico com participação de importantes nomes do direito e psicologia.
Começa (19h30) com a mesa redonda Paz, justiça e espiritualidade, mediada pela presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), desembargadora Cynthia Resende e participação de outros notáveis do direito.
POLÍTICA COM VATAPÁ
Erro de cálculo
Conta Jocelino Soares, jornalista do Diário da Região, São Paulo, que o amigo Alcides Antonieto, na juventude morador de Nova Granada, viu lá um dia a cidade em festa para receber o governador Adhemar de Barros, que foi inaugurar uma obra recém acabada.
Festão, fim dos rapapés, Adhemar disse que tinha que ir porque marcou com lideranças no vizinho município de Palestino. Quando quis ir para o avião, o povo não deixou. Queriam levá-lo em carreata pelos 23 km entre as duas cidades.
No aeroporto Adhemar virou-se para um jovem:
– Já viajou de avião?
– Não.
– Então vá com ele.
E apontou o piloto. Pousaram em Palestina em meio a intenso foguetório promovido pelo prefeito, que viu descer do avião só os dois, indagou intrigado:
– Ué? E cadê o Dr. Adhemar, não veio?
– Tá vindo de carro, numa carreata.
O prefeito botou as mãos na cabeça:
– Ai meu Deus! E onde é que vou arranjar mais fogos agora para soltar?!