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ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 27 de abril de 2024 às 0:00 h | Autor:

Amo Canela quer saber quem lucra com drogas

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Imagem ilustrativa da imagem Amo Canela quer saber quem lucra com drogas
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Quem leva as substâncias psicoativas para serem distribuídas entre os usuários? E por que as autoridades, mesmo com o crescimento do abuso do consumo ao ar livre, não se empenham em identificar a origem do tráfico, limitando-se a prender um ou outro portador da contravenção, contando com o estardalhaço de programas sensacionalistas?

Estas são algumas das perguntas sem resposta para a comunidade do Vale do Canela, entre outras do centro de Salvador, produzindo o aumento da violência, furtos e assaltos.

A inquietação partiu de integrantes da "Amo Canela", formada por moradores do bairro, insatisfeitos com a dificuldade de entender como os psicoativos entram na região, pois os vendedores funcionam como “atravessadores” e a cocaína e o crack não nascem do solo próximo ao campus da Universidade Federal da Bahia.

O surto de revolta nas regiões do Campo Grande, Barra, Corredor da Vitória, Gamboa e bairros adjacentes, além do Canela, ocorre num momento particularmente intenso da política relacionada ao tema.

O país está dividido ao meio com a criminalização do porte de todo e qualquer psicoativo, conforme proposta do Senado, e o entendimento oposto do Supremo Tribunal Federal (5x3 para a determinação de uma quantidade).

- Basta chegar na janela, e nossas crianças assistem a tudo, sem podermos explicar, pessoas nuas, com estados de consciência alterados, vítimas de quem verdadeiramente ganha nas vendas, mas não se sabe por quê, suas identidades não são conhecidas, como se faltasse guarda municipal e outras instituições repressivas - afirma o integrante do grupo Amo Canela, Artur Barachisio Lisboa. Segundo ele, “todos sabem onde estão as drogas, mas fingem não saber”.

Educação da Nossa Conta

O programa Educação é da Nossa Conta – Na Estrada realizou ontem sua 3ª edição em Juazeiro, e mais uma vez a Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA) participou da programação. Com foco em melhorar a qualidade do ensino nas escolas públicas, a instituição promoveu palestra sobre as áreas da equidade racial e defesa da criança e do adolescente. O minicurso “Enfrentamento ao racismo e ao abuso sexual infantil” foi ministrado pelo coordenador da 13ª Regional da DPE/BA, defensor público Danilo Rodrigues. O evento ocorreu no Complexo Integrado de Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Bahia, em Juazeiro.

A árvore mais sabida encanta a criançada

Em tempos de substituição das cantigas de roda e campeonatos de botão pelo celular e aparelhos de alta tecnologia, a infância passa por uma metamorfose de consequências imprevisíveis, mas o incentivo às diversões presenciais e à leitura ainda não foram vencidos.

Esta é a premissa da organizadora do espaço infantil da Bienal do Livro Bahia 2024, a diretora audiovisual Mira Silva, ao estrear na literatura infantil com uma personagem capaz de enfrentar os titânides tecnológicos escravizadores de crianças.

Trata-se da “árvore mais sabida do mundo”, título da publicação a ser lançada ainda hoje pela autora muito conhecida pelo trabalho em televisão, agora na TV Globo.

Para Mira Silva, a ideia é a de resistir às práticas viciosas, originárias do exagero no uso das geringonças digitais: então, a árvore sabida é uma chance de transformação utilizando a leitura agradável e sincera como varinha de condão.

- A árvore tem raízes profundas, representando a ancestralidade, e os galhos apontados para o céu, em busca do conhecimento confiável, transformando-se em um sagrado baobá”, afirma a autora, entusiasmada com a chance de encontrar as crianças, às 18 horas deste sábado 27, no Espaço Janelas Encantadas do Centro de Convenções.

Mira Silva defende o conceito de “educação libertadora”, sem a ilusão de abolir o uso de celulares e tablets, mas com a proposta de dosar o acesso de crianças e adolescentes, ao oferecer também livros interessantes.

Para a mãe da árvore mais sabida do mundo, o risco está no excesso e na precocidade, pois se os adultos já são ludibriados com mentiras e conteúdos de gosto muito duvidoso, as crianças são ainda mais vulneráveis.

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