CPI da Covid: Ex-secretário do AM afirma que ministério deu ênfase a 'tratamento precoce' | A TARDE
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CPI da Covid: Ex-secretário do AM afirma que ministério deu ênfase a 'tratamento precoce'

Publicado terça-feira, 15 de junho de 2021 às 12:43 h | Atualizado em 15/06/2021, 12:49 | Autor: Redação
Campelo esteve a frente da Secretaria da Saúde do Amazonas durante o colapso no inicio no ano
Campelo esteve a frente da Secretaria da Saúde do Amazonas durante o colapso no inicio no ano -

O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou durante sessão da CPI da Covid nesta terça-feira, 15, que o Ministério da Saúde, através da secretária Mayra Pinheiro, passou orientações diretas para que o estado desse ênfase ao chamado "tratamento precoce" para pacientes com Covid pouco antes do colapso da saúde no estado.

De acordo com ele, a médica defendeu o uso de medicamentos sem eficácia, como a cloroquina, no lugar de outros métodos e enviou 120 mil comprimidos do fármaco para o estado.

"No dia 4 de janeiro recebemos a dra. Mayra Pinheiro, na primeira reunião pela manhã 8 horas no auditório do Hospital Delphina Aziz, onde foi convocada e vimos uma ênfase da dra. Mayra Pinheiro, em relação ao tratamento precoce", afirmou Campêlo.

"Na rede estadual não faz atendimento precoce, não orientava uso da cloroquina para atendimento da Covid. Isso é ato médico, que cada um faz de acordo com sua opinião", disse o depoente.

O secretário também afirmou que poucos dias depois, teria informado o ministro da Saúde da época, o general Eduardo Pazuello, que a capital do estado, Manaus, estaria com dificuldades de logística no transporte de oxigênio e que precisava de ajuda para fazer o reabastecimento a partir de hospitais de Belém, no Pará.

“No dia 7 foi a ligação para pedir apoio logístico para Belém, de Belém para Manaus, no dia 10 informei a preocupação com as entregas da White Martins e no dia 11 a partir daí o Ministério da Saúde começou a tratar diretamente com a White Martins”, relatou Campêlo à CPI, contrariando o depoimento de Pazuello que afirmou só saber da escassez do oxigênio no Amazonas posteriormente.

"A partir do dia 9 de janeiro enviamos diariamente ofícios ao Ministério da Saúde pedindo apoio em relação a essa questão da logística de oxigênio e não recebemos resposta oficial", completou. 

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