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"Houve esgotamento físico e emocional", diz médico intensivista sobre atuação na pandemia

Publicado quarta-feira, 01 de setembro de 2021 às 10:21 h | Atualizado em 01/09/2021, 10:25 | Autor: Da Redação
Segundo o médico, a Síndrome de Burnout ou do Esgotamento Profissional foi algo comum entre os profissionais de saúde | Foto: Divulgação
Segundo o médico, a Síndrome de Burnout ou do Esgotamento Profissional foi algo comum entre os profissionais de saúde | Foto: Divulgação -

Com o advento da pandemia da Covid-19, os médicos intensivista, profissionais especializados no tratamento de pacientes em estado grave em UTIs, tornaram-se ainda mais importantes. Ao mesmo tempo, a pressão e a falta de médicos para suprir a demanda trouxeram uma série de transtornos emocionais para esses profissionais. 

O médico intensivista Júlio Neves, em conversa com o programa Isso é Bahia, da Rádio A Tarde FM, na manhã desta quarta-feira, 1, afirmou que, durante os primeiros meses da pandemia, a Síndrome de Burnout ou do Esgotamento Profissional foi algo comum entre os profissionais de saúde. 

“Foi um esforço sobre-humano, gigantesco. Estivemos diante de pacientes em estado muito grave e com uma doença até então desconhecida. Não só médicos, mas outros profissionais da saúde, tiveram que lidar com isso. A Síndrome de Burnout, ou esgotamento profissional diante desse esforço, foi comum.”, revela. “Além de cuidar de paciente graves,  tínhamos que seguir a paramentação,  limitação de se alimentar, de ir ao banheiro, e as próprias limitações do paciente, como a falta de acesso à família” 

“Houve esgotamento físico e emocional, e somando um ao outro, a síndrome de Burnout, um esgotamento muito grande”, destaca. 

De acordo com o médico intensivista, o número reduzido de profissionais especializados em pacientes em estado grave pode ter relação com o alto índice de mortalidade para Covid-19. 

“Essa pandemia mostrou que a falta de médicos especialista influiu na mortalidade dos pacientes com Covid, porque o não especialista não sabe lidar com o paciente em estado grave com um médico titulado. Existe a necessidade de formação de novos médicos intensivistas.”, falou.  

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