16ª BON ODORI
Autor de mangás revela desafios de ser mangaká em Salvador
Henry Saints é o autor de ‘Elemental Kings’, que teve o primeiro volume lançado em 2023
Por Edvaldo Sales
Soteropolitano nascido em Brotas, o mangaká Henry Saints foi uma das atrações do palco Mirai, do terceiro e último dia da 16ª Bon Odori, que acontece neste domingo, 1°, no Parque de Exposições de Salvador. Ao Portal A TARDE, ele falou sobre os desafios de ser um autor de mangás na capital baiana.
Henry, que é o criador de ‘Elemental Kings’, afirmou que a falta de mais eventos como o Festival da Cultura Japonesa de Salvador e o Annipolitan, por exemplo, é o principal desafio. “O único local para a gente poder comercializar são os eventos e aqui [em Salvador], tem poucos, infelizmente”, pontuou.
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Ele ressaltou que só em eventos como esses os autores menos conhecidos conseguem vender as suas obras. “Essa parte realmente é um desafio. A gente tem que ir para outros estados para conseguir ter o retorno do trabalho que a gente faz por anos. Nesse sentido, realmente é um desafio”, explicou.
Recepção do público
Apesar das dificuldades, Henry Saints destacou que a recepção positiva do público, principalmente de Salvador, faz tudo valer a pena. “Foi uma expectativa versus realidade ao contrário. O pessoal foi muito receptivo. Eu não estava esperando por isso. As pessoas dizem: ‘cara, é você que faz isso? eu vou comprar, vou apoiar’. Teve edições que zeraram. Esse ano foi ótimo”, celebrou.
O autor disse ainda que, além da carência de eventos, sente falta de outros artistas — quadrinistas e mangakás. “Seria bom se tivesse um Artists' Valley maior. E claro, ter mais eventos para vender mais e ficar mais conhecido também.”
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Henry Saints começou a querer ser mangaká em 2007, mas só em 2014 ele teve o que considera a sua formação com mangá, pois foi ano em que ele venceu o seu primeiro concurso em São Paulo, em primeiro lugar.
“Depois dali, eu ganhei outros concursos e tive minha primeira publicação”, celebrou o artista, que tem outros trabalhos também. “Mas todos envolvidos com o desenho e estilo mangá. Eu dou aulas de desenho em um colégio, também faço o meu próprio mangá e faço outra série para uma pessoal de fora, da Grécia. Fico me virando aí nos 30”, finalizou.
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