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CULTURA

Capinam recebe ‘honoris causa’ da Ufba e se emociona com conquista

Poeta, escritor, jornalista, médico e tropicalista de primeira hora, Capinam reflete sobre a honraria que recebeu

Por Da redação e Chico Castro Jr.

13/09/2024 - 19:36 h
José Carlos Capinam recebeu título de doutor honoris causa
José Carlos Capinam recebeu título de doutor honoris causa -

O titulo de doutor honoris causa (por causa de honra, em latim) é um reconhecimento acadêmico, outorgado por universidades a pessoas que se destacaram muito na área de atuação. Muita gente – com ou sem honra – ostenta um título desses por aí. Hoje, porém, a Universidade Federal da Bahia (Ufba) outorga um honoris causa que só não é mais honrado por falta de espaço: ao poeta do povo José Carlos Capinam. A cerimônia aconteceu no Salão Nobre da Reitoria (Canela).

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Ao receber a honraria, o artista discursou e se emocionou: "Agradeço muito honrado o título. [...] A Ufba traz em sua história a consolidação do conhecimento científico aliado à forte presença no âmbito das artes".

"O título de doutor honoris causa tem para mim a dimensão de um reconhecimento de minha inserção das culturas, seja ela da música, da poesia, do teatro, seja como ativista e gestor cultural dedicada à cultura da minha Bahia e mais extensivamente um apaixonado pelo Brasil, notável país da América pelo qual sou louco", declarou.

Homem simples, Capinam, que mora em Salvador, transita pelas ruas da cidade quase anônimo: a pessoa física não é tão famosa quanto a obra. À exceção de um ou outro que o reconhece e eventualmente lhe pede uma foto, as pessoas que cruzam o caminho dele no corredor de um shopping não sabem quem é o senhorzinho barbudo de chapéu na fila do caixa do café.

Ao entrarem nos carros, contudo, é muito possível que essas mesmas pessoas saiam cantarolando a letra de alguma música de imenso sucesso que ele escreveu as letras: Papel Machê (com João Bosco), Moça Bonita (Geraldo Azevedo), Soy Loco por ti América (Gilberto Gil) e outras.

‘Ogã da palavra’

Laureado junto ao grande público brasileiro, portanto, o poeta já é. Ele recebeu outro tipo de reconhecimento: o acadêmico. Em declaração exclusiva ao Caderno 2+, o eterno tropicalista agradece à Ufba pela honraria.

“Olha, eu nunca pensei que a academia, diferenciada do público, do grande público, fosse um grau de reconhecimento com uma importância imensa. Mas eu confesso que, ao criar, eu pretendia alcançar alguma coisa maior, porque para mim o grande público, o povão, aqueles por quem, na verdade, eu uso a palavra tentando melhorar o mundo, isso para mim já é de uma grandeza infinita e, na verdade, eu não vou desprezar esse reconhecimento da academia, mas já me dava satisfação ser percebido pelos meus contemporâneos, pelos meus mais próximos ou distantes, lutando por alguma coisa que eu acho que vale a pena, como, por exemplo, tentar criar um tempo onde não houvesse pobreza, tristeza, preconceitos”, avalia o compositor.

“Então, o reconhecimento da academia, eu sei que valoriza muito o meu trabalho, muito mesmo, mas desde o instante em que esse trabalho é recebido por uma audiência popular, eu já me sentia muito, muito agraciado, realizado e querendo fazer mais. Mas certamente eu devo agradecer à academia essa distinção, esse mérito que, na verdade, é de uma importância imensa, imensa. Mas que não é necessariamente o que me alimenta, não é? O que me alimenta é estar sempre em condições de criar, criar, criar novamente, como um ogã da palavra. A palavra é meu orixá, e com ela eu preciso, eu penso contribuir para criar um mundo melhor. Mas, repetindo: muito obrigado, Academia, por fazer, por merecer. Um abração”, concluiu Capinam.

Autor de diversos livros, ele recentemente viu a obra reunida na antologia Cancioneiro Geral 1962-2023 (Círculo de poemas). Escreveu para o teatro a peça Bumba Meu Boi (1963), musicada por Tom Zé. Foi diretor da TVE Bahia (1985), secretário de cultura de Camaçari (1986) e secretário estadual de cultura (1987-1989).

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