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ARTES VISUAIS

Chico Mazzoni confronta barroco clássico com arte reciclada em mostra no Centro Histórico

Com Goya Lopes como convidada, mostra de Chico Mazzoni reimagina o barroco em Salvador

Eugênio Afonso

Por Eugênio Afonso

31/07/2025 - 9:00 h
Exposição gratuita recicla imagens sacras no Museu da Misericórdia
Exposição gratuita recicla imagens sacras no Museu da Misericórdia -

Com 42 anos de carreira, o arquiteto, professor e artista plástico baiano Chico Mazzoni, 71, oferece à capital baiana sua 21ª exposição individual. Inspirada nas exuberâncias do barroco, Excelsos Excessos – Reciclagem do Barroco será aberta nesta sexta-feira, 1º, no Museu da Misericórdia, e fica até 30 de agosto.

São 28 pinturas com incorporação de elementos metálicos – originalmente destinados ao descarte –, que estarão integradas às peças do acervo do Museu, além de mais três peças apresentadas por Goya Lopes, artista convidada. A ideia é, segundo Mazzoni, contrapor o barroco legítimo com as interpretações contemporâneas de sua obra.

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Com curadoria do artista plástico Ignácio Suarez Sólis em parceria com o próprio Chico, a mostra é resultado de oito anos de trabalho e consiste em uma interpretação contemporânea do estilo barroco, tao presente no contexto cultural brasileiro, especificamente no baiano.

“Esta ambientação tem o propósito de criar uma cena com um impacto que, no mínimo, remeta àquele que os ambientes barrocos costumam provocar em seus visitantes”, ressalta o artista.

Imagem ilustrativa da imagem Chico Mazzoni confronta barroco clássico com arte reciclada em mostra no Centro Histórico
| Foto: Divulgação

Mazzoni conta que utilizou o imaginário barroco, criado no século XVI, na Europa, para recapturar, através da sedução das imagens, os fiéis desgarrados da igreja, pelos movimentos reformistas, com o intuito de fazer uma interpretação atualizada dessas imagens.

“Incorporando à pintura elementos descartáveis da sociedade de consumo, embalagens aluminizadas de alimentos e invólucros de medicamentos como uma metáfora para falar exatamente dos excessos de imagens e objetos do mundo de hoje”, esclarece.

“A palavra excelso remete ao caráter sublime do estilo, criado originalmente a serviço das imagens sagradas da religião católica, embora tenha se difundido, como estilo, entre outras expressões não religiosas da arte”, alinhava o artista.

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Inspiração latente

Imagem ilustrativa da imagem Chico Mazzoni confronta barroco clássico com arte reciclada em mostra no Centro Histórico
| Foto: Divulgação

Excelsos Excessos – Reciclagem do Barroco está distribuída em três linhas temáticas: a dos sagrados, com alguns de seus quadros ao lado das peças originais barrocas que lhes inspiraram; a dos profanos; e uma em homenagem à cultura afro-brasileira.

Das 28 telas que compõem a exposição, 26 são inéditas e duas provêm de outras exposições individuais de Mazzoni, mas que, segundo ele, se encaixam perfeitamente no conceito desta mostra. E das três peças de Goya, duas também são inéditas. Já as peças do acervo da Misericórdia que serão expostas são datadas dos séculos XVIII, XIX e XX.

Mazzoni confidencia que o estilo barroco o inspira desde a tenra infância. “Como acredito que deva inspirar todos os artistas que cresceram em Salvador por se tratar de uma cidade barroca na forma e no espírito”.

“Além de frequentar desde sempre as igrejas barrocas e nossos museus de arte sacra, tive uma formação escolar que me revelou, muito cedo, o que é o barroco e o que ele representa no nosso contexto cultural”, arremata.

O artista Chico Mazzoni
O artista Chico Mazzoni | Foto: Divulgação

Mas foi em uma viagem a Lisboa, em 2017, que o artista entrou em confronto com o legítimo barroco lusitano e percebeu que o mesmo estilo baiano é regionalizado, mestiço e tem uma expressão toda própria.

“Tudo isso me deixou inteiramente motivado para dar a minha versão contemporânea do barroco daqui. Voltei para o Brasil decidido a realizar esta série e assim o fiz”, revela Chico Mazzoni.

Ele conta que o título da mostra tem a ver com o estilo preponderante do sublime, do sagrado e do divino, relatando fatos, cenas da vida e da história virtuosa dos santos.

E também vem do estilo barroco criado para expressar o exagero da dramaticidade, da teatralidade e da profusão de imagens, justamente para seduzir o maior número de fiéis.

Quem quiser visitar somente a exposição – e não o museu -, basta informar o nome completo e a data em que pretende ir, através do whatsapp 71 98602-4028.

A administração do Museu da Misericórdia será comunicada para que seja liberado o pagamento do ingresso.

Imagem ilustrativa da imagem Chico Mazzoni confronta barroco clássico com arte reciclada em mostra no Centro Histórico
| Foto: Divulgação

Excelsos Excessos – Reciclagem do Barroco / Museu da Misericórdia (Rua da Misericórdia, 06) / Visitação: de 2 a 30 de agosto (de terça a sexta-feira, das 9h às 17h; sábados, das 9h às 16h30)

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