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Concha lota com homenagem a Bob Marley, rei do reggae

Tributo foi comandado pelo grupo Adão Negro, que recebeu diversos convidados no palco

Por Bianca Carneiro

20/04/2024 - 11:11 h | Atualizada em 20/04/2024 - 12:56
Serginho, vocalista do Adão, disse que a ideia surgiu após o grupo ter se reunido para ver a cinebiografia de Bob Marley
Serginho, vocalista do Adão, disse que a ideia surgiu após o grupo ter se reunido para ver a cinebiografia de Bob Marley -

Roots, Rock, Reggae! Encerrando a sua terceira edição na noite de sexta-feira, 19, o projeto Concha Negra prestou uma homenagem ao ícone do reggae, Bob Marley. O tributo foi comandado pelo grupo Adão Negro, que recebeu ainda os vocalistas das bandas Mato Seco e Ponto de Equilíbrio, além do grupo de percussão feminino Banda Didá.

Embalada por grandes sucessos como “Three Little Birds”, “No Woman no Cry” e “One Love”, a Concha ficou lotada pelos amantes do jamaicano e do reggae com o show “Adão Canta Bob”.

Ao Portal A TARDE, Serginho, vocalista do Adão, disse que a ideia surgiu após o grupo ter se reunido para ver a cinebiografia de Bob Marley, que estreou nos cinemas em fevereiro.

“É muito curioso porque esse show é muito diferente do show que o Adão faz há 28 anos, que é completamente autoral, e é uma alegria muito grande, porque nós somos apenas apenas um instrumento dessa celebração, que é mais um encontro da obra de Bob Marley.

Com a Concha ocupando sua capacidade máxima, Serginho diz que o baiano nutre uma relação especial com o pai do reggae.

“O reggae está nessa gênese de tudo que a gente fez nos últimos 30 anos da Bahia, porque, afinal de contas, desembarcou o reggae aqui e gerou o samba-reggae.

Convidado para participar, Rodrigo Piccolo, da banda Mato Seco, que estreou recentemente uma turnê para Bob, ressalta que a musicalidade do jamaicano inspira principalmente os pretos e pobres.

“A gente também faz questão de homenagear sempre. Bob e The Wailers foram meninos pretos, pobres, que saíram do fundo do terceiro mundo e que através da canção, através da arte, através da música, incitam isso, motivam isso também de cada um buscar sua própria arte e isso é muito importante para quem não tem incentivo, para quem não tem apoio, para quem não tem uma rede de de luta mesmo”.

Também convidadas do tributo, e das outras edições deste ano do Concha Negra, as meninas da Didá lembraram que o samba-reggae de Neguinho do Samba é o pilar do grupo. “A Didá sempre chega com toda a presença, toda a representatividade da mulher negra, trazendo o samba reggae criado por Neguinho do Samba, essa junção do reggae jamaicano com o samba. Então, temos toda essa representatividade. Mulheres lindas que tocam tambor, que tem todo esse poder nas mãos”, afirmou a vocalista Jaciara Viana.

A banda Didá
A banda Didá | Foto: Bianca Carneio | Ag. A TARDE

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Tags:

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