AFROTURISMO
Freixo lança documentário e celebra afroturismo em Salvador: "O Brasil voltou"
Evento de exibição do documentário “Afro - Das Origens aos Destinos” reuniu lideranças políticas e sociais
Por Azure Araujo
Em Salvador para a exibição do documentário “Afro - Das Origens aos Destinos”, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, reforçou o retorno do investimento para comunidades afro empreendedoras, quilombolas e indígenas na promoção da diversidade e de projetos voltados para o segmento.
“O Brasil voltou”, afirmou Freixo, no evento que aconteceu na tarde deste sábado, 26, no Cine Glauber Rocha. Ele comentou também sobre o audiovisual, que tem por objetivo atuar como ferramenta de “identidade, protagonismo e geração de emprego e renda” para as pessoas que constroem de fato o afroturismo na Bahia.
“Esse documentário está sendo lançado aqui exatamente para homenagear a Irmandade da Boa Morte, Santo Amaro e Quilombo do Kaonge, que foram as pessoas que construíram os afroturismo ao longo de suas vidas", disse.
Freixo destacou ainda as expectativas para o carnaval, ao citar o cenário otimista no crescimento de voos internacionais para a Bahia. “Salvador será novamente um polo de concentração de investimento para a Embratur”.
Em números, o estado teve um crescimento de 71% nos voos internacionais, um aumento significativamente maior que o ano anterior e uma porcentagem muito acima da média nacional de 18%.
De acordo com o presidente da Embratur, o cenário futuro é otimista, a expectativa é que para esse ano a receita de arrecadação seja maior que o ano anterior com a vinda de turistas internacionais.
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Secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho ressaltou que o afrofuturismo é uma estratégia de justiça social. “Nossa missão é dar as ferramentas para que a comunidade negra consiga se beneficiar do turismo na Bahia economicamente e não só simbolicamente, assim, a gente vai ter uma cidade mais justa”, explicou.
Um dos protagonistas do doc, o líder do Quilombo Kaonge, Ananias Viana, comentou sobre o afrofuturismo se opor ao turismo convencional e predatório.
“A gente quer que o turismo religioso e comunitário deixe a economia no local, porque a gente tá cansado desse turismo convencional que não deixa a economia no local”, desabafou.
“O nosso turismo é esse, transversal. A gente cuida dos rios, das nascentes e das árvores, isso é turismo também”, finalizou o líder quilombola.
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