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NO G20

Margareth Menezes debate poluição no Carnaval de Salvador: "Limites"

Ministra conversou com a imprensa nesta terça-feira, 5, Dia Nacional da Cultura

Por Bianca Carneiro

05/11/2024 - 16:47 h
Ministra lidera evento do G20
Ministra lidera evento do G20 -

A cultura do mundo na terra da cultura. Com a proposta de debater a cultura relacionada à pautas como sustentabilidade, diversidade e patrimônio cultural, inclusão social e direitos autorais, o G20 segue a todo vapor em sua primeira edição na Bahia. Capitaneado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, o evento está recebendo autoridades nacionais e internacionais, e mais de 20 organizações internacionais como UNESCO e UNCTAD.

Nesta terça-feira, 5, dia em que se celebra o Dia Nacional da Cultura, em bate-papo especial com a imprensa, Margareth defendeu a regulamentação das plataformas de vídeo sob demanda (VoD), que formam o setor de streaming, além de dar perspectivas sobre o trabalho do G20, e celebrar a escolha da Bahia para receber o evento.

“O Brasil tem uma dinâmica diversa, e uma diversidade cultural imensa aqui na Bahia. O Brasil chega no G20 trazendo a aderência da sociedade civil para discutir junto pautas importantes no mundo, colocar a voz das pessoas também à disposição dessas grandes nações.

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Presente no encontro, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, fez uma reflexão sobre o potencial transformador da cultura e seu papel na construção de um mundo mais justo.

“Quando a gente pensa no G20 em Salvador, a gente se pergunta: o que cada um desses países pode se beneficiar desse encontro da cultura em Salvador? Essa é a pergunta inicial que a gente faz, mas estamos propondo inverter um pouco: o que essas superpotências podem se beneficiar da cultura? Como elas podem se beneficiar de um entendimento maior da cultura? E a cultura? Ela é identidade, ela é convivência. É a cultura que consegue fazer com que a gente tenha senso de pertencimento, que deixa as trocas mais saudáveis. A cultura fortalece cada indivíduo, cada nação. E o indivíduo fortalecido, ele é mais seguro para trocar, para conviver”.

Um dos pontos altos do encontro foi a discussão sobre a relação entre cultura e meio ambiente. O secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro, destacou a importância de valorizar as manifestações culturais das comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas e pescadores, que possuem um profundo conhecimento sobre a natureza e contribuem para a sua preservação.

"Ao valorizarmos as culturas tradicionais, estamos preservando não apenas a nossa identidade, mas também o meio ambiente. É preciso entender que a cultura e a natureza estão interligadas e que a proteção de uma implica na proteção da outra", ressaltou.

Carnaval menos poluente

A ministra Margareth Menezes, ao lado dos secretários da Cultura, Bruno Monteiro e Pedro Tourinho
A ministra Margareth Menezes, ao lado dos secretários da Cultura, Bruno Monteiro e Pedro Tourinho | Foto: Olga Leiria | Ag. A TARDE

Dentro do diálogo sobre o impacto da cultura para o meio ambiente, tema também do Seminário Internacional sobre Cultura e Mudança do Clima, Margareth Menezes comentou sobre sustentabilidade e Carnaval. Questionada pelo Portal A TARDE sobre como é possível diminuir os índices de poluição em grandes festas como a folia baiana, a ministra reconheceu que o assunto precisa ainda ser melhor debatido.

“Os debates no âmbito do G20 buscam saídas, usar a cultura como uma ferramenta de conscientização da população em relação ao uso, e outras maneiras de se relacionar com a natureza, com as riquezas naturais. E nesse sentido, inclusive, já existem, por exemplo, algumas experiências de festivais no mundo onde eles usam todo o material reciclado, que eu acho que são coisas que podem ser adaptadas. E isso cabe aí uma reflexão também do governo, da cidade e assim também para os outros estados brasileiros que fazem o Carnaval, em todas as festas”, afirmou.

“O Carnaval de Salvador é conhecido nacional e internacionalmente, tem o seu lugar de representatividade. Eu acho que podemos usar todas as fontes possíveis de comunicação com a população para a gente cada vez mais incentivar que as pessoas sejam mais responsáveis no uso dos nossos recursos naturais, porque a Terra tem limites que a gente já está para lá do ponto vermelho”, finalizou.

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Dia Nacional da Cultura g20 Margareth Menezes

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